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Trump diz que os EUA vão 'começar a agir em terra em breve' na Venezuela

Na quarta-feira, 10, os Estados Unidos apreenderam um grande navio petroleiro na costa da Venezuela

Redação O Liberal com informações da AE

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que o governo americano intensificará os ataques contra narcotraficantes na Venezuela. Ele revelou que ações terrestres no país ocorrerão "muito em breve". A declaração foi feita durante um evento no Salão Oval na noite da quinta-feira, 11.

Ao ser questionado sobre a apreensão de um navio petroleiro perto da costa da Venezuela, Trump justificou a operação. Ele também acusou Caracas de ter enviado criminosos intencionalmente aos EUA como imigrantes. O presidente afirmou que a ação se deve ao tratamento "ruim" dado pela Venezuela.

Trump mencionou uma redução de 92% na entrada de drogas pelo mar nos EUA desde o início do abate de embarcações no Caribe e Pacífico. "E nós vamos começar a agir por terra também. Vai começar por terra muito em breve", acrescentou o presidente americano.

Apreensão de navio petroleiro na costa venezuelana

Na quarta-feira, 10, os Estados Unidos apreenderam um grande navio petroleiro na costa da Venezuela. Trump confirmou a apreensão, descrevendo-o como "o maior já apreendido, na verdade".

Ele acrescentou que "outras coisas estão acontecendo, vocês verão mais adiante", sem fornecer detalhes adicionais. Oficiais americanos, sob anonimato, disseram que a apreensão foi resultado de um "planejamento deliberado" e não houve resistência da tripulação ou vítimas.

A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, afirmou que o navio foi utilizado por anos pela Venezuela e pelo Irã para transportar petróleo, apesar das sanções internacionais. Ela divulgou um vídeo nas redes sociais mostrando a Guarda Costeira dos EUA apreendendo a embarcação.

Reação venezuelana e histórico de ações

O governo da Venezuela respondeu em comunicado, classificando a apreensão como "roubo flagrante e um ato de pirataria internacional". O texto criticou que as verdadeiras razões para a agressão contra a Venezuela foram reveladas, tratando-se dos recursos naturais do país.

Washington enviou em agosto uma flotilha de navios e aviões de combate ao Caribe, justificando a ação como combate ao narcotráfico. Caracas, contudo, vê essa mobilização como uma tentativa de derrubar o ditador Nicolás Maduro e se apropriar das reservas de petróleo.

Recentemente, Trump conversou por telefone com Maduro sobre um possível encontro. O governo americano desenvolveu opções de ação militar, que incluem atacar Maduro e assumir o controle dos campos de petróleo do país.

Crescimento das tensões e novas medidas

Trump, segundo assessores, expressou reservas sobre uma operação para derrubar Maduro, em parte por medo de um fracasso. Contudo, desde setembro, os Estados Unidos têm atacado embarcações na região que, segundo o governo Trump, traficam drogas.

As forças armadas lançaram 22 ataques conhecidos, resultando na morte de mais de 80 pessoas. O presidente americano também ordenou um aumento das forças americanas na região, com mais de 15.000 soldados e uma dúzia de navios no Caribe.

Trump autorizou ações secretas contra a Venezuela e alertou que os Estados Unidos poderiam "muito em breve" expandir seus ataques de barcos na costa venezuelana para alvos dentro do país. Até então, o destacamento militar americano não havia afetado a atividade de navios petroleiros.

A operação de quarta-feira ocorreu no mesmo dia em que o Prêmio Nobel da Paz foi formalmente concedido à dissidente venezuelana María Corina Machado. Sua filha recebeu o prêmio em seu nome em Oslo.

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