Terra registra o segundo dia mais curto da história; entenda
Rotação do planeta foi 1,34 ms mais rápida que o usual; cientistas avaliam efeitos e possíveis causas

Nesta terça-feira, 22 de julho, a Terra completa sua rotação em 1,34 milissegundo a menos que o padrão de 24 horas, tornando esse o segundo dia mais curto já registrado com relógios atômicos.
🌍 Série de dias acelerados desde 2020
Desde 2020, a Terra tem estabelecido recordes de velocidade de rotação. O dia mais curto até agora foi em 5 de julho de 2024, com 1,66 ms a menos que o normal, e, neste mês, o dia mais curto foi 10 de julho de 2025, com 1,36 ms de diferença.
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Para este ano, especialistas também destacam datas como 9 de julho, 22 de julho e 5 de agosto, com valores projetados entre 1,25 a 1,36 ms abaixo das 24 horas.
Por que isso ocorre?
- Mudanças no núcleo terrestre: Uma das principais hipóteses envolve o resfriamento e a desaceleração do núcleo líquido, o que poderia redistribuir o momento angular para a crosta, acelerando a rotação.
- Derretimento polar: O deslocamento de água dos polos para os oceanos pode alterar o equilíbrio da massa planetária, embora isso seja considerado um efeito moderador.
- Marés lunares: Normalmente, a fricção gerada pelas marés desacelera a Terra, mas essa lógica de longo prazo é contrariada pelos dados recentes.
Segundo bissexto negativo pode ser necessário
Caso a tendência de aceleração persista, pode ser necessário implementar pela primeira vez um segundo bissexto negativo — ou seja, subtrair um segundo dos relógios atômicos globais — possivelmente já em 2029.
Contexto geológico e futuro da rotação
Embora o encurtamento recente chame atenção, o movimento de longo prazo ainda aponta para dias cada vez mais longos. Em vários bilhões de anos, devido à fricção lunar, cada dia pode aumentar alguns milissegundos por século.
Além disso, estudos paleontológicos indicam que, há cerca de 4 bilhões de anos, dias duravam aproximadamente 19 horas.
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