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Estados Unidos: Suprema Corte amplia direito de andar armado menos de um mês após massacre

No dia 24 de maio, uma escola foi invadida por um homem armado que matou 19 crianças e 2 professoras; a Suprema Corte decidiu que leis estaduais não poderem restringir o porte de armas em público

Gabriel Mansur

Apesar dos massacres ocorridos nos Estados Unidos em maio, onde um homem matou 10 pessoas negras em um supermercado da cidade de Buffalo, em Nova York, e outro homem ter matado 19 crianças e duas professoras no Texas, a Suprema Corte do país ampliou o porte de armas no país. 

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A decisão de leis estaduais não poderem restringir o porte de armas em público foi tomada hoje, 23 de junho, após dois homens chamados Robert Nash e Brandon Koch questionarem uma lei de 1913 do estado de Nova York, que determina a necessidade de apresentação de justificativa para andar com uma pistola nas ruas.

A lei foi considerada inconstitucional pela Suprema Corte, que decidiu, por seis votos a três, que as restrições vão contra a Segunda Emenda da Constituição americana. A mudança impacta outros estados que têm leis parecidas, como Havaí e Nova Jersey, e abre espaço para que mais pessoas circulem armadas. 

Uma das maiores expansões do direito ao porte de armas

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a decisão é uma das maiores expansões do direito ao porte de armas já feitas no país. A Suprema Corte se posicionou poucas vezes sobre o assunto, dando espaço para que surgissem leis estaduais sobre o tema.

O juiz conservador Clarence Thomas justificou a sua interpretação pela inconstitucionalidade da lei estadual ao afirmar que não há “outro direito constitucional que um indivíduo possa exercer somente depois de demonstrar aos funcionários do governo alguma necessidade especial”.

O presidente Joe Biden afirmou que está “profundamente desapontado”, e a governadora de Nova York, Kathy Hochul disse que a decisão é “absolutamente chocante” e que “um dia de trevas chegou”.  

(Estagiário Gabriel Mansur, sob supervisão do editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)

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