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Quase um século depois, resort é devolvido à família de negros pela justiça dos EUA

O resort havia sido tomado às forças dos proprietários.

Carolina Mota
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Um resort litorâneo confiscado de seus proprietários, negros, há cerca de 100 anos, foi devolvido aos seus descendentes após decisão da justiça de Los Angeles, EUA, nesta terça-feira (28).

Segundo o conselho do condado de Los Angeles, foi aprovada a moção para a devolução para a família, afirmando que a medida foi motivada pelo racismo, com o intuito de expulsar um bem-sucedido negócio negro. As informações são do G1.

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O retorno da posse da família original é resultado de uma longa briga judicial. Um jardim perto da praia tem há anos uma placa em homenagem a Willa e Charles, e o Legislativo estadual teve que aprovar uma lei para permitir o retorno da propriedade.

"Este é um dia que não tínhamos certeza de que chegaria. Isso os destruiu financeiramente. Destruiu a chance deles de ter seu 'sonho americano'. Gostaria que eles pudessem ver o que aconteceu hoje", disse Anthony Bruce, tataraneto de Willa e Charles.

"Esperamos que isso abra os olhos das pessoas para uma parte da história americana sobre a qual não se fala o suficiente, e achamos que esse é um passo para tentar corrigir os erros do passado", continuou.

O resort Bruce's Beah foi comprado em 1912 por Willa e Charles Bruce para fazerem do local um espaço para hospedagem e lazer para negros, na época da segregação normalizada na Califórnia. Naquele tempo, os terrenos para a construção do resort foram comprados por US$ 1,225 e hoje valem cerca de US$ 20 milhões.

Segundo o porta-voz da família, o Bruce's Beach havia se tornado uma "cidadela para afro-americanos que buscavam lazer e vinham de todo o sul da Califórnia", mas logo as autoridades locais apreenderam os terrenos através de leis de domínio eminente - que permite o governo de comprar à força áreas para construir estradas e prédios públicos - alegando que planejavam construir um parque que só foi construído muitas décadas depois.

"Fomos expulsos daquela comunidade... há apenas 1% de representação de afro-americanos em Manhattan Beach neste momento", disse Shepard, citando números de censos demográficos do local.

Carolina Mota, estagiária da redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política.

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