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Onda de violência deixa 29 mortos no México após prisão do filho de El Chapo

Um dos herdeiros do Cartel de Sinaloa, Ovidio Guzmán foi indiciado nos EUA

O Liberal

A cidade de Culiacán, no norte do México, viveu uma onda de violência nesta sexta-feira (6), desencadeada após a prisão de Ovidio Guzmán, de 32 anos, filho do chefe do tráfico Joaquin "El Chapo" Guzmán. Dezenove suspeitos de fazerem parte de uma gangue de narcotraficantes e dez militares foram mortos durante ataques em série promovidos pelo Cartel de Sinaloa, comandado por Ovídio, que foi detido quatro dias antes da chegada do presidente americano, Joe Biden, ao México, para a Cúpula de Líderes da América do Norte. As informações são dos portais G1 e Extra.

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A reação à prisão do líder do cartel de drogas foi imediata e deixou as autoridades de Culiacán em estado de alerta. Integrantes do cartel incendiaram carros, bloquearam estradas e entraram em confronto com as forças de segurança da capital de Sinaloa e também nos arredores da cidade. Os aeroportos de Culiacán, de Mazatlán e de Los Mochis foram fechados por segurança. Um avião da Aeromexicano que estava no aeroporto da capital de Sinaloa chegou a ser atingido por um tiro durante uma tentativa do cartel de impedir que Guzmán fosse levado para outra região do país.

Testemunhas relataram que a onda de violência, com bloqueios de ruas com carros queimados, teve início horas antes de o governo mexicano confirmar a prisão de Ovidio. Vídeos postados por moradores de Culiacán nas redes sociais mostram comboios de homens armados circulando em veículos pela cidade. Todas as entradas da capital foram bloqueadas. Após os eventos, Cristóbal Castañeda Camarillo, secretário de Segurança Pública de Sinaloa, pediu à população que ficasse em suas casas por motivos de segurança.

A Secretaria da Educação Pública suspendeu as atividades escolares, assim como o governo de Sinaloa. Já a embaixada dos Estados Unidos no México alertou os cidadãos americanos sobre os acontecimentos e pediu que evitem ir para essa região. Em entrevista concedida nesta sexta-feira (6), o ministro da Defesa do México, Luis Cresencio Sandoval, informou que 21 pessoas foram presas durante operações realizadas na última quinta (5), mas não houve relatos de mortes de civis.

Ovidio Guzmán foi detido nas primeiras horas da manhã de quinta-feira (5). O Cartel de Sinaloa, Estado ao norte do México, é tida como uma das mais poderosas organizações de tráfico de drogas do mundo. Após a prisão de El Chapo, Ovídio assumiu o controle dos negócios. Ele já havia sido detido pelas Forças de Segurança em 2019, mas acabou sendo solto para encerrar uma represália violenta da sua gangue, fato que marcou um recuo vergonhoso para as autoridades mexicanas.

Joaquín Guzmán, 65 anos, foi condenado em Nova York em 2019 por traficar bilhões de dólares em drogas aos Estados Unidos e conspirar para assassinar inimigos. Ele cumpre pena de prisão perpétua na Supermax do Colorado, a mais segura prisão federal dos EUA. O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse que não há planos imediatos para extraditar Ovidio para os Estados Unidos.

Quem é Ovidio Guzmán?

Ovidio Guzmán López, conhecido como "El Ratón", foi capturado na última quinta-feira durante uma operação policial em Caliacán. Ele e o irmão, Joaquín Guzmán López, foram indiciados nos Estados Unidos sob a acusação de associação criminosa relacionada a drogas ilícitas. Segundo autoridades americanas, eles comandaram a distribuição de cocaína, metanfetamina e maconha do México e de outras partes do mundo nos EUA entre os anos de 2008 e 2018.

Filho da segunda mulher de El Chapo, Ovidio herdou seu poder no cartel do irmão Edgar Guzmán Lopez. Desde 2012, os EUA o incluíram na lista de narcotraficantes internacionais. Ocupa um alto cargo na liderança do Cartel de Sinaloa e também lidera a facção Los Menores, ligada ao Cartel do Pacífico, gerador de violência em quatro estados e na região noroeste do país.

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