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Número de mortos por conflitos religiosos sobe para 32 na capital da Índia

Violência começou na segunda-feira devido a uma polêmica nova lei de cidadania, mas levou a confrontos entre muçulmanos e hindus

Reuters
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Pelo menos 32 pessoas morreram nos piores incidentes de violência em décadas na capital da Índia, Nova Délhi, e uma forte presença das forças de segurança levou a um clima de paz tensa nesta quinta-feira (27).

A violência começou na segunda-feira devido a uma polêmica nova lei de cidadania, mas levou a confrontos entre muçulmanos e hindus, nos quais centenas de pessoas ficaram feridas. Muitas sofreram ferimentos a bala, e também foram registrados incêndios criminosos e saques.

"O número de mortos agora é de 32", disse o porta-voz da polícia de Nova Délhi, Anil Mittal, acrescentando que "toda a área está pacífica agora".

Uma nova lei que facilita a obtenção da cidadania indiana para não muçulmanos de alguns países vizinhos de maioria muçulmana está no centro da questão.

A chefe de direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet, disse que a nova lei adotada em dezembro é "uma grande preocupação" e que ela está preocupada com relatos de falta de ação policial em face de ataques contra muçulmanos por outros grupos.

"Apelo a todos os líderes políticos que evitem a violência", disse Bachelet em discurso ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra.

Críticos dizem que a lei é tendenciosa contra os muçulmanos e enfraquece a Constituição secular da Índia.

O partido nacionalista hindu Bharatiya Janata, do primeiro-ministro Narendra Modi, nega ter qualquer preconceito contra os 180 milhões de muçulmanos da Índia, dizendo que é necessária uma lei para ajudar as minorias perseguidas.

Nova Délhi tem sido o epicentro de protestos contra a nova lei, com estudantes e membros da comunidade muçulmana liderando os protestos.

O premiê Modi, que conquistou a reeleição em maio passado, também retirou a autonomia da região de Jammu e Caxemira em agosto, com o objetivo de reforçar o domínio de Nova Délhi na área turbulenta, que também é reivindicada integralmente pelo Paquistão.

Durante meses, o governo impôs severas restrições sobre a Caxemira, incluindo o corte de linhas telefônicas e da internet, mantendo centenas de pessoas, incluindo líderes políticos tradicionais, sob custódia, por medo de que pudessem desencadear protestos em massa. Algumas restrições foram atenuadas desde então.

Bachelet disse que o governo indiano continua a impor restrições excessivas ao uso das mídias sociais na região, mesmo que alguns líderes políticos tenham sido libertados.

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