Ministro do Chile admite possível violação de direitos humanos

Autoridades confirmam 20 mortos desde o início da onda de protestos no Chile

Redação Integrada, com informações do G1

O ministro da Justiça chileno, Hernán Larraín, admitiu nesta terça-feira (29) possíveis violações de direitos humanos por parte de forças de segurança que atuaram nos protestos no Chile. Ao menos 20 pessoas morreram desde o início da onda de manifestações no país.

Larraín participou de reunião com integrantes do Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH), que acusam policiais de cometerem abusos durante os protestos. "Produziram-se situações que aparentemente parecem ser violações de direitos humanos", reconheceu o ministro.

"Não queremos que o Chile tenha nenhum atentado ao necessário respeito aos direitos das pessoas. Entendemos a urgência de manter a ordem pública, mas não vamos aceitar que haja violação aos direitos humanos dos chilenos", acrescentou.
O Chile receberá uma missão de integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU), liderados por Michelle Bachelet – ex-presidente chilena e atual alta comissária de Direitos Humanos da entidade. A visita estava marcada para esta quarta-feira, mas o grupo adiou a operação.

Órgãos oficiais do governo chileno confirmaram nesta terça-feira um balanço de mortes, feridos e denúncias de tortura entre 19 e 27 de outubro:

Mortos: 20 – desses, 10 morreram em 21 de outubro
Policiais feridos: 745
Civis feridos: 473
Queixas de mortes praticadas por forças de segurança: 5
Queixas de tortura: 54
Queixas de violência sexual: 18

As autoridades também divulgaram o número de presos e dados sobre bens danificados.

Detidos durante toques de recolher: 2.037
Detidos fora de toques de recolher: 7.166
Ônibus incendiados: 26
Estações de metrô danificadas: 49
Veículos policiais danificados: 455

Santiago amanheceu nesta terça-feira sob escombros de barricadas nas principais avenidas do centro da capital. Apesar da volta da violência nos protestos, o governo descarta, por enquanto, decretar novo estado de emergência.

No início da noite de segunda, um incêndio de grandes proporções atingiu um centro comercial em Santiago, e um hotel nos arredores precisou ser esvaziado. A imprensa chilena atribui o fogo a uma tentativa de saque a lojas e a uma lanchonete no local, mas por enquanto as autoridades não ligaram o incidente aos protestos no Chile.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱

Palavras-chave

Mundo
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM MUNDO

MAIS LIDAS EM MUNDO