Israel ignora decisão de tribunal da ONU e segue atacando Gaza
Forças israelenses mataram mais de 30 pessoas em novos ataques na Faixa de Gaza.

Forças israelenses mataram mais de 30 pessoas em novos ataques na Faixa de Gaza, informaram médicos palestinos no Cairo neste sábado (25), um dia após juízes do principal tribunal das Nações Unidas ordenarem a suspensão da ofensiva israelense na cidade de Rafah, no sul.
Apesar da continuação da ofensiva de Israel contra o grupo militante palestino Hamas, as negociações mediadas entre as duas partes deverão ser retomadas na próxima semana, conforme informou um funcionário familiarizado com a questão.
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A decisão de retomar as negociações foi tomada após o chefe da agência de inteligência israelense Mossad se reunir com o diretor da CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) e com o primeiro-ministro do Catar, segundo a fonte, que pediu anonimato devido à sensibilidade do assunto.
“No final da reunião, foi decidido que as negociações serão reabertas na próxima semana, com base em novas propostas lideradas pelos mediadores - Egito e Catar - com participação ativa dos Estados Unidos”, afirmou a fonte. O Hamas não comentou sobre o andamento das negociações.
Após mais de sete meses de guerra em Gaza, os mediadores têm encontrado dificuldades para garantir avanços nas negociações. Enquanto Israel busca a libertação dos reféns detidos pelo Hamas, o grupo exige a libertação dos prisioneiros palestinos detidos por Israel e o fim da guerra.
Ataques
Os combates continuaram em Gaza, apesar da mediação e da ordem dos juízes do principal tribunal das Nações Unidas, na sexta-feira, para que Israel suspendesse imediatamente seu ataque militar a Rafah, onde o país alega estar tentando erradicar combatentes do Hamas.
O Tribunal Internacional de Justiça, ou Tribunal Mundial, não possui meios para impor sua decisão de emergência no caso movido pela África do Sul, que acusa Israel de genocídio.
No entanto, o caso sinaliza claramente o isolamento global de Israel, especialmente desde o início da ofensiva contra Rafah este mês, apesar dos apelos de seu principal aliado, os Estados Unidos.
Mais de 35 mil palestinos morreram na ofensiva israelense em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. Israel iniciou os ataques após militantes liderados pelo Hamas atacarem comunidades no sul de Israel em 7 de outubro, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns, segundo registros israelenses.
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