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Israel x Hamas: desenrolar da guerra preocupa paraenses em Israel e Centro Islâmico do Pará

Conflito armado na Faixa de Gaza já dura seis meses

Emilly Melo
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Há seis meses, a atenção mundial se concentra no conflito armado que se desencadeou após uma ofensiva do grupo extremista islâmico Hamas contra Israel pelo domínio da Faixa de Gaza. Após o inédito ataque com drones e mísseis feito pelo Irã contra Israel, no último sábado (13), a sensação é de angústia constante, revela Moyses Jimy Israel, paraense, que reside há 12 anos em Israel.

Moyses conta que boa parte da população vive suas rotinas normalmente, mas a memória do primeiro dia do confronto, 7 de outubro, permanece. “Quase não existe ninguém no país que não conheça alguém que foi assassinado no ataque do grupo terrorista Hamas nesse dia. Junto com isso, também vivemos na angústia pelos nossos soldados que lutam no território inimigo”, relata o paraense.

Ele afirma que, apesar do confronto persistir, houve uma certa habituação da situação e que o pânico já está controlado em algumas partes do país, inclusive nos que residem na área sul, que faz fronteira com a Faixa de Gaza. Entretanto, as cidades que fazem fronteira com o Líbano ainda convivem com a iminência de ataques.

“Cerca de 90 mil israelenses dessa área ainda não voltaram às suas casas por uma iminente guerra com os países da fronteira norte: Líbano e Síria. Para essas pessoas em especial, a vida virou uma bagunça, vivendo em hotéis e tendo que adaptar a rotina de trabalho/estudo”, explica Moyses.

Países precisam de um cessar-fogo

O líder do Centro Islâmico Cultural do Pará, Professor Said Mounsif, afirma que os líderes dos países precisam entrar em acordo para garantir um cessar-fogo nos ataques.

“Precisa que essa gente sente e negocie uma solução para alcançar a paz. Estamos tristes por causa do que aconteceu nesse final de semana, porque, para nós, não adiantou nada e não vai adiantar porque tudo aquilo nada mais é do que movimentos entre Irã e Israel”.

Um dos pontos destacados pelo líder islâmico como preocupantes é o silêncio de países árabes vizinhos. “Eu estou muito mais preocupado com o silêncio, não somente dos governos, mas da população, seja daquela região ou do resto do mundo”, revelou.

Mounsif diz que uma das principais dificuldades da comunidade é conseguir manter contato com as pessoas que estão na Palestina. “Infelizmente o contato com as pessoas que moram naquela região é difícil. Muita gente perdeu uma parte da família, alguns estão sendo refugiados fora da Palestina, em alguns países vizinhos. A situação é dramática, além das notícias de mortes, muita gente recebeu a notícia que familiares morreram. Encaminhar ajuda para eles é muito difícil. Precisa realmente sensibilizar as corporações de todo o mundo”, aponta o professor.

Israel anuncia resposta

O chefe militar de Israel, Herzi Halev, afirmou, ontem (15), que o Exército vai revidar o ataque de mísseis do Irã, que ocorreu no fim de semana. Apesar da declaração, o militar não deu detalhes sobre a ofensiva, de acordo com a “Associated Press”(AP). O Gabinete de guerra israelense realiza reuniões para definir a retaliação.

Durante sua visita à base aérea de Nevatim, alvo da ofensiva iraniana, Halevi declarou que Israel está avaliando suas opções, porém assegurou que o ataque com mísseis e drones receberá uma resposta adequada.

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