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Irã prende atrizes que retiraram véu islâmico em público em apoio a protestos

Ela foram convocadas por promotores que investigavam suas postagens “provocativas” nas redes sociais

O Liberal
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Duas atrizes do Irã foram presas após removerem seus lenços de cabeça em público, em solidariedade à onda de protestos que se espalhou pelo país. Hengameh Ghaziani e Katayoun Riahi haviam sido convocadas por promotores que investigavam suas postagens “provocativas” nas redes sociais. As informações são da Revista Veja.

Em um vídeo publicado no Instagram no último sábado (19), Ghaziani remove o hijab, lenço islâmico que cobre a cabeça e cabelos. “Talvez este seja meu último post”, diz na legenda. “A partir deste momento, aconteça o que acontecer comigo, saiba que, como sempre, estarei com o povo iraniano até meu último suspiro”, completou.

Na mesma semana, ela já havia chamado o governo iraniano de “assassino de crianças”, acusando autoridades de terem matado mais de 50 menores de idade durante a repressão dos protestos. Segundo a mídia estatal do país, Hengameh Ghaziani foi presa por incitar e apoiar os “motins” e por se comunicar com a “mídia da oposição”.

Já Riahi deu uma entrevista em setembro para a Iran International TV, com sede em Londres – um veículo desprezado pelo regime – sem usar um hijab, quando expressou solidariedade aos protestos no país, bem como oposição ao uso obrigatório do lenço.

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Os condenados tiveram o mesmo fim dos atos cometidos

As manifestações em território iraniano começaram depois que a jovem Mahsa Amini, de 22 anos, foi detida pela polícia por supostamente não usar o hijab (véu obrigatório) da maneira adequada. Horas depois da prisão, ela foi deixada em um hospital, onde morreu após alguns dias em coma. O Irã alega que a morte está relacionada a uma doença cerebral e não foi causada por espancamento. 

De acordo com o grupo Iran Human Rights, a repressão do estado deixou pelo menos 378 pessoas mortas, entre elas 47 crianças. Ao menos seis pessoas foram condenadas à morte por causa dos protestos.

A campanha de prisões em massa atingiu celebridades, jornalistas e esportistas, entre eles o técnico de um dos times de futebol mais conhecidos do Irã, Yahya Golmohammadi, do Persepolis FC, que estava entre os detidos. O chefe da federação de boxe do Irã, Hossein Soori, disse que não voltaria para casa depois de um torneio na Espanha.

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