Pressão por investigação dos EUA sobre origem da covid-19 já havia sido noticiada em O Liberal

Joe Biden pediu ao órgão que redobrasse seus esforços. O Liberal já havia publicado sobre o tema.

Redação Integrada

A agência de inteligência dos Estados Unidos tem 90 dias para investigar e informar as origens da pandemia da covid-19 no mundo. O presidente do país, Joe Biden, disse, nesta quarta-feira (26), que pediu ao órgão que redobrasse seus esforços. No dia 16 deste mês, O Liberal já havia publicado que o Congresso norte-americano intensificaria os pedidos de informações, ainda mantidas em sigilo, sobre a origem do coronavírus, aumentando a pressão internacional sobre o tema.

Na matéria, foi mostrado que congressistas republicanos haviam solicitado ao Secretário de Estado Antony Blinken, um dos principais nomes da gestão de Biden, a quebra de sigilo de documentos que poderiam ajudar a esclarecer a origem do vírus. O Liberal também mostrou que, segundo artigo publicado no jornal Washington Post, as autoridades americanas e mundiais de saúde não teriam qualquer razão ou desculpa para ignorar os questionamentos levantados pelo Congresso.

A hipótese de que o vírus tenha se espalhado a partir de um laboratório na cidade de Wuhan, na China, é o principal foco dos questionamentos de autoridades, especialistas e instituições, que têm cobrado investigações mais técnicas e aprofundadas. A justificativa, além de esclarecer a causa da pandemia, é também no sentido de fortalecer as medidas de prevenção para o caso de uma nova pandemia.

Segundo reportagem publicada pelo G1, os agentes americanos trabalham com duas hipóteses: se o coronavírus escapou de um laboratório em um acidente ou se, conforme a hipótese que era mais aceita, infectou humanos por meio de contato com animais selvagem. Por meio de nota, Biden afirmou que quer que os investigadores dos EUA levantem novos questionamentos à China.

O anúncio do presidente foi feito após um relatório da inteligência dos Estados Unidos ter descoberto que vários pesquisadores do Wuhan Institute of Virology, da China, adoeceram em novembro de 2019 e tiveram que ser hospitalizados. Uma reportagem publicada pelo The Wall Street Journal no final de semana, com base em relatórios americanos, mostrou que três funcionários do instituto procuraram atendimento médico apenas semanas antes do começo do surto da doença na cidade chinesa, o primeiro epicentro da pandemia. No entanto, não há nenhuma prova de que esses pacientes estavam com covid-19.

"Como parte desse relatório, solicitei áreas de investigação adicionais que podem ser necessárias, incluindo questões específicas para a China. Também solicitei que este esforço incluísse o trabalho de nossos Laboratórios Nacionais e outras agências de nosso governo para aumentar os esforços da agência de inteligência. E eu pedi à agência de inteligência para manter o Congresso totalmente informado de seu trabalho", disse Biden.

Conforme aponta matéria divulgada pela CNN Brasil, em abril de 2020, a agência de inteligência estava investigando se o novo coronavírus se espalhou de um laboratório chinês, mas o governo do país teria afirmado que o vírus se originou e se espalhou naturalmente. Segundo duas fontes citadas na reportagem, o presidente dos EUA disse que o país trabalhará com seus aliados para continuar pressionando a China "a participar de uma investigação internacional completa, transparente e baseada em evidências e a fornecer acesso a todos os dados e evidências relevantes".

Ainda de acordo com o veículo de comunicação, a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia conduzido uma investigação sobre as origens da pandemia e concluiu, em um relatório, que o risco de vazamento acidental do Instituto Wuhan, onde a pesquisa do coronavírus estava sendo conduzida em morcegos, era "extremamente baixo". O relatório disse que não houve "nenhum relato de doença respiratória compatível com covid-19 durante as semanas ou meses anteriores a dezembro de 2019, e nenhuma evidência sorológica de infecção em trabalhadores por meio de triagem de sorologia específica para SARS-CoV-2". A investigação, no entanto, foi criticada pelos EUA, Reino Unido e outros governos por seu acesso limitado a "dados e amostras originais e completos". A organização também foi acusada de ser excessivamente respeitosa com a China ao longo do estudo. O estudo teve participação de 17 cientistas chineses, vários deles de instituições estatais.

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