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Remo: Preço do ingresso na volta ao Baenão não agrada e torcedor diz: 'virou artigo de luxo'

Remo cobrou R$80 no valor do ingresso , maior preço já estipulado pela diretoria nesta Série B, ultrapassando até mesmo o clássico Re-Pa

Fábio Will
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O Remo voltou a jogar no Baenão com a presença dos torcedores, após mais de um ano longe de casa, atuando apenas no Mangueirão. O Leão Azul enfrentou o Atlético-GO, pela 27ª rodada da Série B, mas o preço cobrado pela diretoria do Remo no ingresso não agradou parte da torcida azulina. Nas redes sociais, muitos torcedores questionaram o valor de R$ 80 no ingresso, o maior já cobrado pelo clube nesta Série B, ultrapassando até mesmo o clássico contra o Paysandu.

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A equipe de O Liberal fez um levantamento sobre o preço do ingresso do Remo nesta partida em relação ao último jogo azulino na Série B disputado no Baenão, além de comparar com os valores aplicados pelo clube em jogos no Mangueirão. Na última partida do Leão Azul no Estádio Evandro Almeida pela Série B, o clube cobrou R$ 60 no jogo contra o Confiança-SE, em 2021. Quatro anos depois, o Remo oferece a arquibancada pelo preço de R$ 80, um aumento de 33,3%, enquanto a inflação acumulada no período foi de 18,27%, quase a metade do reajuste do ingresso.

Contra o Atlético-GO, o Remo aplicou o maior preço de ingresso desta Série B. Esse valor de R$ 80 ultrapassou os R$ 50 cobrados no clássico Re-Pa deste ano, também pela Série B, que é uma das partidas mais aguardadas. Atualmente, uma família de três pessoas paga R$ 240,00 apenas em ingressos, sem contar transporte, alimentação e bebidas.

Para o torcedor do Remo, Alex Mafra, a diretoria cobrar esse valor é uma falta de consideração com a torcida azulina e representa uma forma de segregação de classes.

“Um absurdo cobrar um valor desse, levando em consideração a renda per capita do trabalhador assalariado no Brasil, que é a grande massa consumidora dos estádios de futebol. Enxergo como um apartheid futebolístico, como uma verdadeira segregação de classes. Virou artigo de luxo, com toda certeza, justamente levando em consideração a média salarial da maioria dos paraenses”, disse.

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O Baenão, diferente do Mangueirão, possui uma capacidade menor e foi liberado para 14 mil pessoas. Alex entende a necessidade de arrecadação, mas questiona a falta de atitude da diretoria em buscar outras fontes de receita para o clube, além da bilheteria.

“A famosa lei da oferta e demanda. Com a possibilidade reduzida de público por conta do tamanho do estádio, somada à necessidade de liberação de ingressos para sócio-torcedores e gratuidades, a diretoria tenta compensar os cofres com a renda do jogo, impondo esse aumento abusivo, que poderia ser equilibrado com estratégias de marketing e novos patrocinadores. Um clube que almeja a elite nacional não pode ter como principal fonte de renda a bilheteria dos jogos. Ficamos reféns de público e precisamos entender que nem sempre o clube estará em boas colocações nas competições, o que pode levar à evasão dos estádios e, consequentemente, ao prejuízo de receita”, comentou.

image Administrador Alex Mafra acompanha sempre os jogos do Remo (Arquivo pessoal)

A volta do Remo ao Baenão ocorre por conta de shows que serão realizados no Mangueirão. Para Alex Mafra, o Estádio Evandro Almeida ainda pode receber partidas, mas de menor porte e sempre levando em consideração o desempenho do clube no decorrer da competição.

“O Baenão, ao meu ver, deveria ser utilizado para competições de menor porte, como o Parazão, bem como fases iniciais de copas, que possuem demandas de público menores. O Campeonato Brasileiro deveria ser analisado conforme o desempenho do clube na competição, onde a campanha serviria de termômetro para a escolha do local de atuação”, finalizou.

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