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Quadro Tático: Entenda os motivos da fragilidade defensiva do Remo nas últimas partidas

Leão Azul tomou gol nos últimos nove jogos na temporada. Equipe tenta encerrar a escrita nesta segunda-feira (23), contra o Ypiranga-RS

Caio Maia
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O Remo tenta encerrar na próxima segunda-feira (23) - contra o Ypiranga-RS, fora de casa, pela sétima rodada da Série C - uma sequência ingrata. Já são nove jogos consecutivos em que o sistema defensivo azulino tem sido vazado. Essa fragilidade do time no terço inicial de campo tem sido alvo de críticas da torcida, que pedem mais "raça" do time nas divididas de bola no meio de campo. No entanto, as razões para o problema vão muito além da "vontade" dos jogadores.

A vulnerabilidade no primeiro terço tem dois fatores principais: laterais permeáveis e insegurança na bola aérea. Para avaliar isso, o Quadro Tático desta semana destrincha as causas da fragilidade do sistema de marcação do Leão Azul.

Laterais pouco marcadores

image Leonan tem marcado gols no ataque, mas deixado a desejar na defesa.  (Igor Mota / O Liberal)

Na história do futebol, o Brasil foi um dos primeiros países do mundo a introduzir no jogo os laterais ofensivos. Saíndo de Nilton Santos e Djalma Santos em 1958, passando por Cafu e Roberto Carlos em 2002, até chegar em Marcelo e Daniel Alves em 2018, sempre o futebol brasileiro cultivou a figura do lateral que vai até a linha de fundo para ajudar no ataque. No entanto é muito importante lembrar que os laterais, na origem da posição, devem exercer funções prioritariamente defensivas. É exatamente isso que falta ao Remo.

Após os belos gols contra o Paysandu - na final do Parazão -, Vitória e Mirassol, o lateral-esquerdo Leonan caiu nas graças da torcida. O desempenho ofensivo do jogador é realmente interessante, mas o defensivo é bem comprometedor. Leonan tem problemas de posicionamento e tempo de bola, o que gera espaços para os adversários criarem jogo pelas laterais.

A mesma coisa ocorre do outro lado, com a dupla Rony e Ricardo Luz. Ambos apoiam bem, mas têm deficiências na marcação. O efeito disso é o mesmo do lado oposto: uma defesa permeável. Com esse espaço, os adversários partem com mais tranquilidade pela linha de fundo e têm mais espaço pra cruzar.

Bola área: momento de tensão

image Agora zagueiro, Marlon enfrenta problemas na bola área. (Samara Miranda / Remo)

O espaço para que os adversários cruzem bolas na área azulina geram outro problema. Basta lembrar: contra Paysandu, Manaus, São José e Mirassol o Remo tomou gols de bola área. Na maioria dos casos, aparece um jogador adversário, livre, para finalizar. Em outros, o gol ocorre após o atleta da outra equipe ganhar uma dividida no alto. Em ambos os casos, os problemas são: falta de entrosamento defensivo e tempo de bola.

Desde que começou a temporada, Marlon - único titular absoluto da zaga - já teve três companheiros de posição: Kevem, Daniel Felipe e Everton Sena. A falta de constância entre os jogadores do miolo defensivo faz com que problemas na cobertura de jogadas apareçam com mais frequência.

Além disso, o próprio Marlon tem tido problemas nas bolas áreas. Seja por não ser tão alto quanto os colegas de posição, ou seja pela adaptação à nova tarefa na defesa, o jogador tem tido problemas quando precisa afastar cruzamentos.

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Remo
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