Plano de Reengenharia vai ajudar o Remo a ter apenas 30% do dinheiro bloqueado pela justiça

Em até 90 dias o plano de reengenharia do Clube do Remo deve ser entregue à diretoria pela comissão formada pelos advogados Clóvis Malcher Filho, André Meira, Renan Malcher e pelo perito Marcus Haber. Apesar do plano ainda não ter sido entregue, muitas coisas já foram feitas e percebidas durante esse tempo que a comissão está fazendo o documento. 

Ainda nesse trabalho, a comissão identificou que o Remo tem como solicitar à justiça trabalhista que apenas 30% de cada renda do clube seja bloqueada. Segundo André Meira, hoje em dia os 30% de bloqueio valem apenas para a renda de jogo. Patrocínio e outros tipos de renda que entrem no clube são todos bloqueados pela justiça. Mas com o plano de reengenharia pode ajudar a resolver esse problema do Leão e fazer o grupo ter dinheiro para pagar as dívidas e os funcionários. 

"Nosso projeto tende a ter uma conclusão de que o Remo tenha bloqueado somente 30% de toda ou qualquer fonte de renda. Mas não é só renda de jogo. O que acontece hoje em dia. Às vezes 30% da renda de jogo é bloqueada e as outras rendas tem o bloqueio de 100%. Isso não tem condição de viabilizar o clube como deve ser. O nosso estudo é construir novas formas de receitas usando de forma comercial o espaço do estádio e no jurídico fechar um bloqueio de 30% em qualquer receita do clube. Seja patrocínio, seja outra fonte. A gente entende que agindo assim o Remo vai conseguir amortizar a dívida e dar fôlego para o clube fazer o que deve ser feito. Como está pegando 100% de tudo que é patrocínio, de quanto é fonte de renda e mais a renda do jogo acaba que o Remo tem um bloqueio de 130%. A gente está construindo um plano onde vamos provar que isso é possível. Que será algo viável tanto para o jurídico como para o financeiro", completou. 

Algo que também ajudou o Remo neste momento foi a identificação em um processo contra o Remo que ainda está em andamento na justiça. Nele, a empresa para qual o Remo está devendo pede R$ 2 milhões e 600 mil como pagamento. Mas durante os estudos o perito Marcus Haber identificou que a cobrança é indevida. Segundo o advogado André Meira, imediatamente o laudo técnico foi entregue e colocado no processo para defesa do Remo.

"Eu e mais quatro pessoas formamos uma comissão independente e voluntária e foi proposto a fazer um plano de reengeharia para o clube. A gente já começou o trabalho e o perito Marcus Haber já identificou em um processo civil contra o Remo uma cobrança de R$ 2 milhões. Ele já entregou o laudo técnico e já está no processo. Nesse processo era cobrado uma dívida do Remo de mais de R$ 2 milhões. Achou que é só de R$ 600 mil em uma análise pericial. Foi algo muito importante para o trabalho da nossa comissão", comentou o advogado André Meira, que faz parte da comissão. 

André ressalta que toda solicitação à justiça será feita pela diretoria do Remo.

"A comissão vai entregar para o presidente um produto, que é o nosso plano de reengenharia. A ideia que a diretoria apresente isso para os juízes e que assim possam ver que o Remo construiu um plano de reengenharia completo, com toda a estrutura. Assim, os juízes do trabalho podem acatar o pedido. Porque o plano foi feito para isso. Também mostra para os credores que o clube tem agora uma ideia de reestruturação e reengenharia e pensam até na melhor utilização do Baenão", afirmou o membro da comissão.