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Crise, contratações na base da amizade e arrependimento: bastidores do título do Remo na Série C

Em 2005, o Remo conquistou, no ano do seu centenário, o título Brasileiro da Série C

Fabio Will
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A conquista do Campeonato Brasileiro da Série C pelo Remo completará 15 anos em 2020. O título mais importante do Leão foi marcado por dificuldades, em meio à comemoração do centenário do clube. O técnico da campanha foi Roberval Davino, atualmente com 65 anos e cheio de recordações. Davino foi o responsável direto pela chegada de alguns jogadores durante a competição. O comandante revelou que a amizade foi a principal forma de montar aquele grupo, já que a dificuldade financeira do Remo era enorme.

“Foi tudo muito complicado, pressão da torcida, que apoiava, mas também cobrava. Consegui levar alguns jogadores importantes na campanha, como o zagueiro Carlinhos, o meia Maurílio e o atacante Capitão, que já tinham trabalhado comigo em outros clubes e foram pela minha amizade, até pela dificuldade financeira que o Remo passava, que era delicada. Eles foram decisivos em momentos que precisamos, mas tínhamos um grupo bom como um todo, destaco o Magrão, meio equilibrado com Serginho e Emerson e na frente o Landu decisivo, incomodando demais as defesas adversárias”, lembrou.

ARREPENDIMENTO

O treinador possui um arrependimento na carreira. Davino não retornou a Belém após o título, já que já tinha decidido que iria conversar com a diretoria do América-SP. Para a surpresa dele, uma televisão ligada no Jornal Nacional fez bater o arrependimento.

“Eu já havia decidido que independente do resultado em Novo Hamburgo (RS), eu não retornaria a Belém, pois queria voltar ao futebol paulista. Fiquei em São Paulo e viajei para conversar com os dirigentes. Foi então quem vi no Jornal Nacional a recepção que a torcida do Remo fez na chegada dos jogadores. Esse arrependimento eu levarei para o resto da vida”, comentou.

REGISTRO

Roberval Davino decidiu registrar a conquista em um livro. Ele conta a trajetória do clube, momentos de dificuldade frente à equipe e contou com a esposa de um ex-médico do clube para que o livro saísse do papel. Foi então em que o “Rugido do Leão” foi lançado.

“O Remo marcou bastante e minha neta falou me estimulou a contar essa conquista. Conseguimos com remistas fantásticos com ajuda da esposa do doutor Jorge Silva. Achamos uma editora de Belém que topou rodar o livro, o dono era remista também e saiu o livro com alguns erros de português, mas rico em memórias e que visamos materializar aquela conquista junto ao torcedor”, disse.

Roberval Davino atualmente está comandando a equipe do Comercial-SP, clube que disputa a Série A3 do Campeonato Paulista, mas que segue parado devido à pandemia.

CARINHO

Roberval também treinou o maior rival do Remo, o Paysandu, em 2012, na disputa da Série C, mas não teve uma boa campanha e foi dispensado. Reverenciado pela torcida do Remo, Roberval possui um contato direto com o torcedor pelo Twitter e sempre que pode responde aos torcedores azulinos.

“A torcida do Remo me marcou demais. Eram jogos sempre com o Mangueirão lotado e isso foi dando confiança a todos naquele ano. A cada jogo era um recorde diferente e fomos enfrentando as batalhas até o título”, finalizou.

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