Paysandu: diretor jurídico explica estratégia para conter avalanche de processos trabalhistas

Pablo Gonçalves assumiu a área jurídica do Papão e revelou projeto para sanar dívidas trabalhistas do clube

Nilson Cortinhas
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No último ano da administração do presidente do Paysandu, Ricardo Gluck Paul, uma mudança em uma área estratégica: a diretoria jurídica. Saiu de cena Alexandre Pires, que se aproximou de uma chapa de oposição dentro do clube.

Gluck Paul resolveu nomear Pablo Gonçalves como gestor da área bicolor.  A reportagem procurou Pablo e ele aceitou falar sobre os planos para a gestão. O momento exige cautela: o clube lida com uma avalanche de processos trabalhistas, conduzidos por atletas da temporada 2018. Em uma conta inicial, são R$2 milhões em processos. 


- O clube teve uma queda de receita que gerou problemas trabalhistas. Como resolver essa dificuldade?

- Existe um grande problema no futebol brasileiro, todo ano caem 4 times e sobem 4 times, esses que caem, caem com uma queda absurda de receita o que acabando deixando em uma situação ruim, pois nenhum time planeja fazer um elenco para cair. Quando você cai da série B para série C, como foi o caso do Paysandu, você sai de um cenário de 8 milhões ao ano para 0, isso só de cota de televisão, sem falar em perda de patrocinador.
Quando você tem uma queda de série e financeira, logicamente você vai ter alguns problemas, dentre eles, a rescisão de jogadores que tem uma base salarial de um patamar acima do que você está atualmente, com isso, acaba gerando reclamações trabalhistas. A solução é tentar o acordo dos valores que sabemos ser devido, caso não haja, vamos aguardar a decisão judicial e fazer o pagamento pela Vara Centralizadora.


- A área jurídica em geral produz assuntos espinhosos. Na última quarta-feira, alguns torcedores arremessadas objetos no gramado. O clube tomou as providências necessárias para evitar perda de mando ou multa?
- Em relação aos copos que constaram na súmula, o clube conseguiu localizar o torcedor que jogou e o levou para Delegacia que estava instalada no próprio estádio e fez a ocorrência, fato este que o próprio árbitro relatou na Súmula, tomando assim todas as providências necessárias.


- Procede que o clube pediu a centralização dos processos numa determinada vara?

- Na verdade, conseguimos reativar a centralizadora que já estava “encerrada” quando da quitação de todos os processos que se encontravam nela, então, não tínhamos mais como centralizar os novos processos, após várias reuniões junto ao TRT, se conseguiu estender essa centralizadora para as novas demandas trabalhistas. Falo que conseguimos, pois, foi um trabalho em conjunto da Diretoria Jurídica (Eu, Diretor Adjunto Fernando Carneiro e Advogada do clube Renata Hachem) da Vice presidente Iêda Almeida e dos advogados parceiros Brunno Castro e Marcio Tuma.


- Conta um pouco da tua história no Paysandu...

- Minha história interna/administrativa não é tão longa, sou sócio proprietário a mais de 15 anos, sócio torcedor há seis anos, fui Conselheiro por dois mandatos, tive que me afastar do Conselho Deliberativo para assumir a Diretoria Jurídica.

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