Maurício Antônio responde provocações antes do Re-Pa decisivo: 'Vamos ver quem vai vencer'
Zagueiro do Paysandu fala sobre a importância do clássico no Mangueirão, admite dificuldade para escapar do rebaixamento, mas garante luta até o fim da Série B.
O Re-Pa deste terça-feira (14), no Mangueirão, promete ser um dos clássicos mais tensos da última década. Além da rivalidade histórica entre Remo e Paysandu, o confronto, válido pela 32ª rodada da Série B, carrega significados diferentes para cada lado. De um lado, o Leão busca seguir vivo na briga pelo acesso. Do outro, o Papão tenta adiar um rebaixamento que parece cada vez mais próximo.
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A atmosfera já é de provocação. Torcedores azulinos afirmam que vão “rebaixar o maior rival” no clássico. O zagueiro Maurício Antônio respondeu com tranquilidade, mas firmeza.
“Eu levo pra minha vida tudo com muita humildade. Mesmo se eu tivesse em primeiro, com certeza não falaria isso, porque a soberba pode ser muito prejudicial nesse momento. Vamos encarar o jogo com muita humildade, com foco de conseguir a vitória, pela torcida, pela nossa família. Vamos pra guerra, vamos ver quem vai sair vencedor”, afirmou.
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Contexto da tabela
O Remo ocupa a oitava posição com 48 pontos, apenas quatro atrás do Goiás, que fecha o G-4. Uma vitória pode colocar o time azulino na quinta colocação, dependendo de outros resultados, enquanto uma derrota pode empurrá-lo para a segunda metade da tabela.
Já o Paysandu vive situação delicada. É o lanterna com 26 pontos, cinco a menos que Volta Redonda e Amazonas, penúltimo e antepenúltimo, e dez atrás da Ferroviária, primeira equipe fora da zona de rebaixamento. O Papão não depende mais apenas de si para escapar e tem chances matemáticas mínimas, mas vê no clássico uma oportunidade de dar uma resposta ao torcedor.
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“É um jogo especial, pra muitos o maior clássico do Brasil. Temos que dar um motivo pra torcida sorrir novamente, mostrar que a gente não vai se esconder desse jogo, que vamos lutar até o final”, declarou o defensor.
O Paysandu pode ter desfalques importantes. Garcez e Diogo Oliveira são dúvidas por lesão, mas Maurício minimizou o impacto. “Na minha vida já vi muitas vezes jogadores importantes estarem ausentes e surge alguém que ninguém espera e dá conta do recado. Claro que eles são importantes, causam receio no adversário, mas temos 30 atletas pedindo oportunidade. Alguém tem que corresponder”.
Apesar do cenário complicado, o zagueiro garante que o elenco não desistiu. “Não tem nada perdido pra nós. Tá muito difícil, mas fizemos uma boa semana de trabalho. A gente ainda tem um percurso a percorrer, vamos honrar a camisa do Paysandu até o final e, jogo a jogo, ver o que podemos alcançar”.
Promessa de bicho
O Paysandu venceu o Re-Pa do primeiro turno por 1 a 0 e quer repetir o resultado. Sem promessa de premiação extra, o elenco diz estar motivado por honra. “Ninguém falou nada de bicho e ninguém cobrou. A gente quer vencer pra dar uma resposta, pela nossa honra e pra honrar o Paysandu nesse jogo tão especial”, disse Maurício.
“A situação é muito complicada, mas é jogo a jogo. Amanhã queremos dar uma resposta, conseguir uma vitória e ver quais são nossas possibilidades no próximo jogo”, completou.
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