Ex-atacante revela segredos do 9 a 0 para o Paulista; goleada completa 13 anos

No dia 18 de novembro de 2006, há exatos 13 anos, o Paysandu perdia de forma vexatória para a equipe do Paulista de Jundiaí-SP. O clube paraense foi derrotado por 9 a 0, pela penúltima rodada do Brasileiro Série B. Essa foi a maior goleada de toda a história da competição nacional.

Em entrevista exclusiva ao OLiberal.com, no programa “Abre o Jogo”, o ex-atacante e ídolo do Paysandu, Zé Augusto, revelou segredos dos bastidores e disse que jogadores queriam entregar o jogo no clássico Re-Pa.

PAULISTA

O jogo contra o Paulista foi no dia 18 de novembro, válido pela penúltima rodada da competição, no Estádio Jayme Cintra, em Jundiaí (SP). O Paysandu vinha de uma queda vertiginosa, ocupando a zona de rebaixamento depois de ter disputado a liderança do certame no primeiro turno. O motivo para a sequência de derrotas foi a quantidade de salários atrasados, como contou Zé Augusto:

"Teve uma irresponsabilidade com uma camisa de um clube que tem uma história maravilhosa. Infelizmente, o clube estava devendo vários meses de salários. Nós, jogadores, do clube, que eram da casa, estávamos tentando fazer nosso melhor, mas tinha muita gente de fora que não estava satisfeita, estava tentando denegrir a imagem do clube", disse. 

Assista aos gols:

JOGADORES

No jogo contra o Paulista, que disputava o acesso (perdido na última rodada para o América de Natal), a atuação do time bicolor confirmava o protesto dos atletas, mas não de todos. Zé Augusto contou que o atacante paraense, Balão, negou-se a entrar no jogo quando convocado pelo técnico Sinomar Naves para uma substituição.

"O treinador chamou eu e o Balão para entrar. O Balão não quis, mas eu, como sempre gostei de vestir a camisa do Paysandu e fazer meu melhor, entrei quando já estava 5 a 0. Acabei até voltando para a zaga para tentar tirar algumas bolas, mas eu vi que estava estranho aquele jogo. Eu vi alguns jogadores que não estavam tentando fazer o melhor pela camisa do Paysandu", disse.

Jogo foi marcante para as duas equipes (Divulgação)

REMO

A derrota é motivo de tristeza para bicolores até hoje, mas "Zé Terçado" garantiu que poderia ter sido ainda pior: "Muita gente fala que teve uma reunião entre jogadores que tinham vindo do Rio de Janeiro (Cabofriense), como Têti e aquele pessoal lá. Eles queriam... Eu ouvi falar que eles queriam abrir contra o Remo, mas eu acho que faltou coragem, né?" 

O Paysandu tinha enfrentado o Remo na 33ª rodada, no dia 31 de outubro, em Belém, e perdeu por 3 a 1, no Mangueirão.

Assista à entrevista de Zé Augusto na íntegra:

FICHA TÉCNICA (Paulista 9 x 0 Paysandu)

Data: 18 de novembro de 2006
Local: Estádio Jayme Cintra - Jundiaí-SP
Árbitro: Rogério Pereira da Costa (MG)

Cartões Amarelos
Paulista: Marcus Vinícius e Eduardo
Paysandu: Júnior, João Paulo, Élson, San e João Vitor

Cartão Vermelho
Paysandu: Júnior

Gols
Paulista: Dema, aos cinco, Jaílson, aos 29, Fábio Vidal, aos 36, Marcus Vinícius, aos 45, e Jaílson, aos 46 minutos do primeiro tempo; Victor Santana, a um, Jaílson, aos três, Jaílson, aos 16, e Jaílson, aos 31 minutos do segundo tempo.

Paulista: Victor (Róbson); Marco Aurélio, Dema, Rever e Fábio Vidal (Eduardo); Glaydson, Marcus Vinícius, Marcelo Oliveira e Felipe Sodinha; Victor Santana (Leandro Alves) e Jaílson - Técnico: Vágner Mancini

Paysandu: Márcio; Oziel, João Paulo (Esquerdinha), Júnior e João Vitor; Marabá, San, Élson (Rodrigo), Rogerinho e Têti (Zé Augusto); Aldrovani - Técnico: Sinomar Naves