Paraenses que pediam dinheiro em semáforo são campeões mundiais de kickboxing
Competição reuniu mais de mil atletas de 36 países diferentes em Roma, na Itália
Kelson Barbosa, Gilvan Vasconcelos e Carlos Junior. Há menos de um mês, o trio estava junto nos semáforos do município de Bragança, no nordeste paraense, para pedir ajuda para custear ir a Roma (ITA) para disputar o campeonato mundial de unificado de kickboxing. Nesta terça-feira, os três nomes foram citados como donos de títulos na competição.
Kelson Barbosa ganhou o cinturão, ficou com o ouro no kickboxing full contact e sagrou-se bicampeão mundial consecutivo da modalidade. Gilvan Vasconcelos - conhecido como 'Sagat' - também conquistou o seuu segundo título na carreira. O primeiro havia sido em 2016. Tudo isso por ter sido o melhor na categoria Low Kick e no Muaythai, além de ter ficado com o cinturão do K1. Gilvan ainda ganhou um prêmio extra (medalha azul) por ter protagonizado a melhor luta do evento. Carlos Junior era o estreante em mundiais da equipe e, em oito lutas, ganhou a prata no K1 e o bronze no full contact.
"Esse campeonato mundial foi unificado e, portanto, envolveu todas as federações e confederações do planeta. Nós, do Brasil, representamos a ICO (Organização Internacional de Combate) e estamos muito felizes porque conseguimos os nossos objetivos e estamos voltando para casa com a bagagem mais pesada", disse Kelson. O grupo volta ao Brasil nesta quinta-feira (8).
A HISTÓRIA DO CAMPEÃO
O atual campeão e representante do Pará e do Brasil no Mundial de Kickboxing não vive do esporte. Professor concursado da rede pública de ensino, Kelson ministra aulas na cidade de Bragança e precisa conciliar a rotina dentro das salas de aula com os treinos pesados. Entre uma aula e outra, troca-se as lousas pelas luvas, e nesse ritmo o lutador e docente conseguiu ser campeão brasileiro, tetracampeão paraense, campeão norte-nordeste, e campeão mundial.
A paixão por esportes surgiu ainda na infância. Quando criança, Barbosa foi nadador, e mais tarde, na adolescência, participou de campeonatos de jiu-jitsu. "Mas foi no Kickboxing que eu me encontrei. Eu faço o que faço porque eu amo o esporte, e pra mim é muito mais que um esporte, é um estilo de vida", explica. Além do vasto currículo, que já conta com vários títulos nacionais e internacionais importantes, ele também possui um cartel de dar inveja a qualquer lutador: Em 30 lutas, foram 28 vitórias, um empate e apenas uma derrota.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA