Pais confirmam morte de Bridget Namiotka, medalhista internacional de patinação artística

A ex-atleta de patinação artística Bridget Namiotka teve confirmada pela família a morte no último dia 25 de julho. Os pais da medalhista internacional fizeram a revelação nesta sexta-feira (7), em entrevista ao site USA Today. Namiotka tornou público, em 2019, que passou dois anos sendo abusada pelo ex-parceiro de competição e bicampeão nacional da modalidade, John Coughlin, quando ainda era adolescente. 

Também de acordo com o site norte-americano, Bridget Namiotka lutou contra a dependências das drogas por ano depois do crime sofrido, muito em razão do trauma que a acompanhou até o fim da vida.

“Bridget morreu na luta contra as drogas depois de muitos anos de dificuldades lidando com o trauma do abuso sexual. Ela era uma linda criança e uma atleta incrível. Nós estamos com o coração partido”, comunicaram os pais Steve and Maureen Namiotka.

Em maio de 2019, Namiotka anunciou nas redes sociais, em uma série de postagens, que ela foi, durante dois anos, abusada por John Coughlin. A americana esteve na mesma equipe de John entre 2004 e 2007, quando tinha 14 para 17 anos. O ex-parceiro tinha, então, 18 para 21.

Coughlin se suicidou no ínicio de 2019, aos 33 anos, pouco depois que a SafeSport, organização que monitora e apura casos de abuso e assédio sexual dentro da equipe americana, abriu uma investigação sobre ele. Na época, em resposta à postagem a favor de John, Bridget publicou que ela não foi a única sexualmente abusada pelo ex-patinador.

“Eu sinto muito, mas John machucou pelo menos 10 pessoas, incluindo eu. Ele abusou de mim sexualmente por dois anos. Ninguém inocente se enforca”, citou.

Os pais Steve and Maureen Namiotka alertaram sobre o caso e deixaram uma mensagem de esperança.

“Nossa esperança é que a morte de Bridget atraia atenção aos efeitos terríveis dos abusos sexuais e da dependência química”, concluíram.