Sobrevivente de guerra e campeã olímpica mais velha, Agnes Keleti morre aos 103 anos Húngara, Keleti conquistou suas medalhas de ouro após os 30 anos e sobreviveu ao Holocausto AFP 02.01.25 9h14 Ex-ginasta estava prestes a completar 104 anos (PETER KOHALMI / AFP) A ginasta húngara Agnes Keleti, que foi a campeã olímpica mais velha, morreu nesta quinta-feira (2) aos 103 anos, depois de uma vida que parecia mais um filme em que sobreviveu ao Holocausto. A informação foi confirmada pelo seu assessor de imprensa. Agnes Keleti morreu em um hospital de Budapeste, disse Tamas Roth à AFP, confirmando uma reportagem do principal jornal esportivo do país, Nemzeti Sport. A ex-ginasta havia sido hospitalizada na semana passada com pneumonia, poucos dias antes de seu 104º aniversário. Nascida em 9 de janeiro de 1921, a atleta inoxidável, que ganhou cinco medalhas de ouro olímpicas em uma carreira esportiva excepcional, teve uma vida emocionante, cheia de altos e baixos. VEJA MAIS Medalhista olímpico, cubano morre após sofrer acidente doméstico Carlos Alberto Pedroso conquistou a última medalha para o país na esgrima Boxeador Paul Bamba morre seis dias após conquistar cinturão da WBA Lutador era agenciado pelo cantor Ne-Yo Jovem judoca morre após ser atingido por avalanche na Turquia Emre Yazgan tinha apenas 18 anos e estava a seleção juvenil do país no momento do acidente Ela ganhou um total de dez medalhas olímpicas, cinco delas de ouro nos Jogos de Helsinque (1952) e Melbourne (1956), todas elas depois dos 30 anos de idade. Naquela época, a Hungria estava atrás da Cortina de Ferro, sob influência soviética. “Pratiquei esporte não porque gostava, mas para ver o mundo”, disse ela à AFP em 2016. Agnes Keleti nasceu Agnes Klein em Budapeste. Convocada para a equipe nacional em 1939, a promissora ginasta logo foi banida de todas as atividades esportivas por causa de sua origem judaica. Após a ocupação da Hungria pelo Terceiro Reich, em março de 1944, ela escapou da deportação obtendo documentos falsos e assumindo a identidade de uma jovem cristã em troca de todos os seus pertences. Escondida em uma área rural, ela trabalhava como empregada doméstica, mas treinava secretamente nas margens do Danúbio quando tinha tempo livre. Seu pai e vários membros de sua família foram deportados e vítimas de extermínio em Auschwitz, enquanto sua mãe e irmã foram salvas pelo diplomata sueco Raoul Wallenberg. Como muitas esportistas húngaras, Agnes Keleti não voltou para casa após as Olimpíadas de Melbourne de 1956, que ocorreram algumas semanas após o fracasso da insurreição antissoviética na Hungria, e se estabeleceu em Israel. Ela retornou permanentemente à Hungria em 2015. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave esportes mais esportes campeã olímpica ginastica COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Mais Esportes . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM MAIS ESPORTES MMA Sport Club Crawford vence Canelo e faz história no boxe com mais um título 16.09.25 12h12 MMA Paraense lamenta derrota para norte-americana no UFC, mas parabeniza rival: 'Fez o jogo dela' Lutadora perdeu por pontos no último sábado (13), no Noche UFC, para Tatiana Suarez 16.09.25 9h25 mma UFC: paraense Amanda Lemos perde para norte-americana e se distancia de nova disputa pelo cinturão Lutadora perdeu por decisão dos juízes após três rounds intensos 13.09.25 19h05 PARAENSE NO OCTOGONO Paraense Amanda Lemos encara Tatiana Suarez no Noche UFC em duelo direto pelo topo do peso-palha Amanda volta ao octógono no próximo sábado (13), em San Antonio, diante da norte-americana, atual número dois do ranking 13.09.25 8h00 MAIS LIDAS EM ESPORTES MEMÓRIA Autor do primeiro gol de goleiro no Pará, Fabrício largou a profissão e hoje é servidor de Instituto Federal Ex-goleiro do Remo e Tuna hoje mora em Belo Horizonte e lembrou dos tempos em que atuava no futebol paraense 10.05.20 8h00 FUTEBOL Preconceito, vitiligo, fome e superação: conheça 'Melk', o lutador paraense que estreia no UFC Rio Melquizael Costa, o “Melk”, encara o paulista Thiago Moisés no UFC Rio de Janeiro no próximo sábado (21) 18.01.23 18h22 Flamengo sofre gol no fim e deixa escapar boa vantagem diante do Estudiantes na Libertadores 18.09.25 23h42 Futebol Lanterna da Série B, Paysandu tem mais derrotas do que vitórias na temporada Papão não conseguiu estabilidade no Campeonato Brasileiro 17.09.25 11h57