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Revelada pelos irmãos Marajó, paraense Cláudia Alves sonha com ascensão no MMA

Lutadora começou na modalidade por meio de um projeto dos Irmãos Marajó em 2016

Aila Beatriz Inete
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A última edição do Iron Man 23, realizada na sexta-feira (8), em Belém, acendeu a luz para um nome no MMA. A paraense Cláudia Alves, conhecida como “Cebolinha”, venceu mais uma luta e aumentou o número de vitórias no cartel. Depois de ter conhecido o esporte por meio de um projeto dos Irmãos Marajó, a lutadora viu que tinha jeito para as artes marciais e se testa como profissional.

Após a estreia no MMA em 2019, Cláudia já fez nove lutas. Tem cinco vitórias, três derrotas e um empate. A equipe de Esportes de OLiberal.com conversou com a atleta para conhecer um pouco da sua história na modalidade. 

OLiberal: Como começaste no MMA? 

Claudia Alves: Eu comecei em 2016 em um projeto social, do Iuri Marajó. Foi onde eu me achei, já tinha uns 23 anos e passei a competir como faixa-branca de jiu-jitsu. Eu consegui bons resultados, cheguei a disputar com a faixa-azul também. A partir disso, eu decidi que queria continuar treinando, mas eu precisava trabalhar. Mesmo assim continuei nos treinos, mas não dava mais para fazer a luta de chão por causa do horário e eu iniciei no muay thai. Logo depois, participei de competições e a partir daí eu percebi que podia ter mais êxito e migrar para o MMA. E ainda com os irmãos Marajó decidi estrear no MMA profissional 2019, no Salvaterra Marajó Fight e conseguir a vitória. [O projeto] foi onde eu nasci nas artes marciais. O Iuri Marajó é um cara que tem um coração gigante e me deu uma chance. 

OL: Como foi e está sendo esse percurso e quais eventos já lutaste? 

CA: No ano de 2019 eu fiz três combates seguidos. Mas eu consegui me destacar nacionalmente com a minha terceira luta profissional, quando eu encarei a Josy Pitbull, que era uma atleta referência no boxe aqui no Pará. Eu a nocauteei, então foi onde eu apareci para muitas pessoas, onde eu realmente surgi no MMA. E assim eu seguir. Já lutei pelo Shooto Brasil, o Thunder Fight, em São Paulo. Agora eu estou com a equipe Roxo Striker Time. 

OL: Tens alguma dificuldade nas lutas aqui no Pará? 

CA: Eu sempre tive dificuldade aqui no Pará porque as meninas que são do peso-palha (52 kg) não querem se sacrificar para bater o peso, a maioria luta por peso combinado, acima do da categoria, e para mim é difícil ter que aceitar um combate assim, por causa do meu perfil, eu sou pequena e estou sempre enfrentando oponentes maiores. Essa é a minha maior dificuldade, mas continuo trabalhando para alcançar os meus objetivos.     

OL: Como foi tua última luta no Iron Man?

CA: No meu último combate no Iron Man eu enfrentei a Jessica Evelyn de Castanhal. Ela é uma faixa-preta de jiu-jitsu, então eu sabia que ela iria querer buscar a luta de solo para me finalizar. Mas eu treinei bastante, consegui anular o jogo dela e sair com a vitória. 

OL: Podes falar um pouco sobre como é a vida de atleta iniciante aqui? 

CA: Ser atleta aqui no Pará, tanto amador quanto profissional, é muito difícil. A gente sempre tem muita dificuldade, porque não temos apoio nenhum, nem governamental, nem outros patrocínios que se disponibilizam realmente para ajudar. Corremos muito atrás e na maioria das vezes recebemos nãos.  Hoje, já com nove lutas, é que eu estou conseguindo [ter mais estrutura]. Tenho uma excelente equipe e já tenho patrocinadores. 

OL: E quais são os teus planos para o futuro? 

CA: Meu maior objetivo é treinar e cada vez mais melhorar as minhas performances. [Quero] chegar em um evento internacional, não tenho um preferido, claro que o sonho de muitos é o UFC, mas um que eu almejo muito é o  One Championship, que é muito bom, tem muitas atletas boas, é bem visado e tem uma excelente bolsa. Então, hoje meu maior objetivo é chegar nessa organização e eu sei que eu posso, estou trabalhando duro para isso.

(Aila Beatriz Inete, estagiária, sob supervisão de Pedro Cruz, coordenador do Núcleo de Esportes)

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