Projetos paraenses de karatê são exemplos de ação social em Ananindeua e Outeiro

Muito mais que competitividade, o esporte dá lições de cidadania. Dois exemplos disso são dois grupos paraenses de karatê: o projeto Artes Marciais Operando Resultados (Amor), de Outeiro, e a Associação de Karatê Resgate Social Dragon Kan, de Ananindeua.

A equipe de O Liberal conversou com os coordenadores de ambos os projetos, para falarem de cada um. Professor no projeto Amor, Paulo Farias, policial militar, que inicialmente, a ideia era ser apenas uma recreação para os jovens e crianças. Mas o Amor passou a fazer parte da vida de muitos, se tornando um exemplo de ação social:

"No meu serviço pude observar as grandes mazelas da sociedade que convive na orla de Outeiro, entre elas, trabalho e prostituição infantil e o tráfico de drogas. Pedi autorização para ensinar artes marciais de graça, na área de treinamento de defesa pessoal policial. A ideia surgiu para resgatar estas crianças", comentou Paulo.

Inspiração

Seguindo o exemplo do professor Paulo Farias, Hailton Diego Medeiros Silva deu início à Dragon Kan. Mesmo sem patrocínio e apenas com o apoio dos pais, o projeto continua, mesmo em meio às dificuldades impostas pela pandemia:

"A ideia surgiu através do projeto Artes Marciais Operando Resultados (Amor). O principal foco foi trazer aquele trabalho para cá. Comecei a ter esta visão. Chegamos a atender 50 participantes de todas as idades, mas devido à pandemia, deu uma quebrada. O trabalho é totalmente voluntário", concluiu Hailton Diego.