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Hamilton/Verstappen, Mercedes/Red Bull e Wolff/Horner: as tretas na Fórmula 1 estão longe do fim

Rivalidade tensa entre Mercedes e Red Bull acumula trocas de farpas, palavrões, acusações e acidentes. Com duas etapas para o fim, a treta só tende a piorar

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A reta final na disputa pelo título da Fórmula 1 em 2021 vai pegando fogo cada vez mais, conforme o encerramento da temporada vai se aproximando. De um lado, a Mercedes, capitaneada por Toto Wolff e representada nas pistas pelo heptacampeão mundial Lewis Hamilton, um dos maiores de todos os tempos. Do outro, a Red Bull de Christian Horner e de Max Verstappen, que chega com a sede insaciável de levantar um troféu sonhado a vida inteira, que, aliás, nunca pareceu tão perto. Com apenas duas etapas restantes na disputa e oito pontos de diferença entre os rivais, o fogo só tende a aumentar nas próximas semanas.

As disputas e as trocas de farpas dentro e fora das pistas já ocorriam de forma esporádica desde o começo da temporada. No entanto, a partir do momento em que a disputa só se tornou mais afunilada e o final do campeonato mais visível, os nervos ficaram à flor da pele e cada vitória ficou mais crucial na caminhada pela glória — seja na corrida, no acerto do carro, nas trocas de motor, nas reclamações e até mesmo nas controversas discussões.

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Fazendo um recorte principalmente das duas últimas etapas, disputadas no Brasil e no Catar, muita coisa aconteceu em um curto espaço de tempo: em Interlagos, a Red Bull reclamou da asa móvel da Mercedes, que por sua vez alegou ter sido prejudicada pela atitude de Verstappen de encostar a mão no carro de Hamilton após a classificação. Uma guerra de bastidores que terminou com o inglês desclassificado da classificação para a corrida sprint, e Max multado em € 50 mil (algo próximo a R$ 320 mil) por violar as regras do parque fechado ao tocar no carro do rival.

Como se não bastasse, dentro das pistas a rivalidade também produziu faíscas — algo que poderia ter se desenrolado em uma situação bem pior para os pilotos. Hamilton atacou Verstappen pela primeira posição na volta 48 em Interlagos e o holandês fez pouquíssimo para evitar o contato entre os dois. Como ficou claro em sua câmera on-board, Max demora para virar o volante e continuar no traçado, jogando os dois para fora da pista e, assim, mantendo a posição.

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Por mais que Hamilton tenha conseguido depois a ultrapassagem e vencido a corrida, é inevitável que o ato gere uma degradação ainda maior no relacionamento já conturbado entre os pilotos, que claramente se evitam após as provas. O ambiente entre Lewis e Max não é bélico como foi entre o britânico e Nico Rosberg, por exemplo, no entanto, os dois não são companheiros de equipe, portanto, também convivem menos. Além disso, dentro dos carros, as disputas até o limite — e inclusive além, como ocorrido em Inglaterra, Itália e Brasil — deixam claro o nível da rivalidade.

No Catar, novos problemas: pilotos de ambas as equipes (Verstappen e Bottas) foram punidos por desrespeitar bandeiras amarelas, em decisão que só foi anunciada menos de duas horas antes da corrida. Horner, chefe da Red Bull, não conteve a fúria e acusou um suposto “fiscal trapaceiro” de agitar as bandeiras para prejudicar Max intencionalmente. Pelo ato, foi advertido e se comprometeu a comparecer à reunião dos fiscais para a temporada 2022.

Não foi a única participação de destaque de Horner no final de semana em Losail: o britânico aproveitou uma entrevista para mandar um recado e cutucar Toto Wolff, chefe da Mercedes, afirmando que mantinha a classe, sem xingar e apontar dedos. A declaração foi uma referência à comemoração de Wolff no Brasil, quando Lewis Hamilton venceu após largar em décimo, punido duas vezes em dois dias.

A Mercedes venceu as duas corridas, o que cortou a diferença de Verstappen na liderança de 21 para 8 pontos. Restando duas etapas para o encerramento do ano, é possível dizer que os nervos só tendem a se elevar cada vez mais. A Red Bull está sedenta para dar o troco, após dois reveses seguidos em pistas que teoricamente esperou alguma vantagem. Além disso, os taurinos ainda aparentam não ter respostas para o motor ‘apimentado’ da Mercedes, que voltará a ser usado no GP da Arábia Saudita.

O circuito de Jedá, aliás, é tratado como favorável à Mercedes, mas a verdade é que em uma temporada na qual tantas previsões se mostraram incorretas, só será possível saber na Arábia Saudita a quem as características do traçado vão se adaptar melhor. Até lá, a escuderia alemã trata de dar os últimos retoques naquele que foi o melhor conjunto da F1 nas duas últimas corridas, e a Red Bull corre contra o tempo para solucionar a diferença encontrada entre os carros, principalmente no Brasil.

No Mundial de Construtores — tão cobiçado pelas equipes pela consagração do trabalho e principalmente pelo polpudo prêmio em dinheiro —, a Mercedes lidera com 11 pontos de vantagem para a Red Bull. A diferença chegou a ser de apenas 1 tento após a corrida do México.

E como tudo vai além das pistas, os bastidores seguem quentes. Depois que Toto e Horner deram entrevistas juntos no último final de semana e que o chefe da Mercedes chegou a comparar a situação com uma “luta de MMA”, tudo pode acontecer por ali. A briga, das melhores que já se viu no esporte dentro das pistas, mantém-se a tensão lá em cima também fora delas.

A F1 desembarca na Arábia Saudita para o final de semana entre os dias 3 e 5 de dezembro, e viaja para a última etapa em Abu Dhabi, marcada para acontecer entre 10 e 12 do mesmo mês. Existe a possibilidade matemática de Verstappen garantir o título em Jedá, mas a tendência mesmo é de que o campeonato seja decidido na última corrida do ano. A era híbrida se despede da Fórmula 1 com um encerramento apoteótico, em um final de temporada jamais sonhado até pelos maiores fãs do automobilismo.

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