Ex-campeão paraense de surf lança livro sobre a história da modalidade no estado

Segundo Roberto Lisboa, o 'Beto Urubu, obra ainda está sendo finalizada e não tem data de lançamento. Ele também analisa a prática do esporte no estado atualmente

Caio Maia/ O Liberal
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O Pará terá, em breve, um livro sobre a história do surf no estado. A produção será conduzida pelo ex-presidente da Federação Paraense de Surf e 11 vezes campeão estadual, Roberto Lisboa, o "Beto Urubu". Em conversa com O Liberal, o surfista fez uma análise do cenário do esporte no norte do país e cobrou melhores investimentos na categoria.

Segundo Roberto, o livro, que ainda não tem nome, deve tratar sobre o período inicial do surf e do skate no Pará. Além disso, ele conta sobre a transição que o surf sofreu, saindo do amador e indo para o profissional.

"O surf era folclórico. Sempre se falava em campeonato e nunca acontecia. Até que em 1983, em julho, a gente resolveu fazer o primeiro campeonato de surf, em Salinópolis", explica.

Segundo Roberto, o surf tomou força na região nordeste do Pará, na chamada "região do salgado". A grande maioria das competições se concentrava em Salinópolis.

"A gente ia uma vez ou outra pra Salinas, fora de época. O surf era mais pra lazer. A gente passava o dia surfando. O grande problema era que todos os surfistas eram de Belém. Tinham pouquíssimas pessoas dos interiores que surfavam", contou.

Ele diz que, até hoje, grande parte das competições no estado ainda se concentram em Salinópolis. No entanto, Roberto acredita que isso prejudica a disseminação do esporte no estado. O correto, segundo ele, seria levar competições pra demais cidades da região, como Bragança e Marapanim.

"A gente tem etapas do campeonato brasileiro, mas não temos um circuito forte no estado. Quando era mais novo, eu fazia de tudo pra envolver todos os municípios com potencial para ondas. Isso é importante, porque ajuda a surgir talentos. Hoje vivemos só Salinas e Mosqueiro", lamenta.

Sobre o potencial hídrico da região, Roberto diz que o Pará tem condições de receber competições de alto nível, tanto em praias de mar, quanto em praias de rio. Ele espera que a participação vitoriosa do surf brasileiro em Tóquio, com o ouro de Ítalo Ferreira, possa ajudar no crescimento da modalidade no estado.

"O tamanho das ondas aqui é menor, mas nada que comprometa. A prancha é a mesma e o surf é o mesmo. O que diferencia é a viscosidade da água no mar e no rio. No passado a gente achava que a onda comprometia nossos atletas, mas com o tempo vimos que isso não existe, você pode surfar em qualquer lugar. Kelly Slater começou surfando em uma praia de ondas pequenas. Hoje é uma das maiores referências mundiais", disse.

 

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