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Com inspiração regional, Manbol chega para movimentar circuito e pretende ganhar o mundo

Modalidade esportiva criada por um paraense tem ganhado adeptos e já rodou o mundo para divulgar benefícios. Em novembro acontece o 'Desafio do Criador', que vai dar R$ 100 mil a quem vencer o próprio

Luiz Guilherme Ramos
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Na terra do futebol e açaí, um esporte criado há cerca de 10 anos tem ganhado adeptos por onde passa. O manbol, criado pelo paraense Rui Hildebrando, é um tipo de modalidade disputada em quadras e usa como bola uma espécie de ‘manga’ feita com material leve. Como parte do processo de divulgação, a Federação Paraense de Manbol organiza para o mês de novembro um super desafio, que promete alavancar a prática, além de premiar com dinheiro aquele que vencer o criador do esporte.

A história do manbol é recente. De acordo com o criador do esporte, Rui Hildebrando, a ideia surgiu no ano de 2004, após uma combinação de ideias aleatórias que nasceram da paixão esportiva. “A concessão da ideia vem do universo. Eu tive inspiração por causa das brincadeiras com mangas. Isso nos divertia muito e por algum motivo veio regras na minha cabeça. A ideia é antiga, mas nunca pensei em criar um esporte. E com o tempo as pessoas ficaram interessadas e eu resolvi montar uma escolinha, que teve mais de 50 alunos em uma época”, conta Rui.

Esporte pode ser praticado também individualmente. (Thiago Gomes / O Liberal)

Assim, com a ajuda do irmão, nasceu a modalidade. A necessidade de profissionalizar a modalidade fez com que o criador organizasse uma associação para buscar patrocínios e apoio do poder público. Hoje o esporte já se faz conhecido entre os poderes municipais e Rui espera, futuramente, que o manbol seja adotado nas escolas, como forma de atividade física. 

“Levamos até o prefeito, ele nem conhecia. O Edmilson ficou de apresentar na câmara, para chegar até as escolas. Sei que tem o lado político, mas ele se comprometeu em apresentar o esporte. E isso é uma vitória sem precedentes”, completa. Além de trazer ao poder público, Rui resolveu ir mais longe e iniciou uma grande campanha de divulgação da modalidade. 

A modalidade já e reconhecida por lei estadual Nº 8.739/2018 no estado do Pará, e tem uma peculiaridade que chama atenção por ter sido criado com brincadeira usando mangas na cidades das mangueiras. É a única modalidade no mundo que se joga com duas bolas ovais simultaneamente, que possuem 20cm de tamanho e circunferência pesando 70g são
feitas em material super macio 100% PU com inúmeras cores o que torna as bolinhas diferentes e atraentes.

A manifestação esportiva já conta com associação nacional no Brasil e mais seis estados, além de uma federação internacional com sede fundadora em Belém do Pará, com mais de 20 mil adeptos e desenvolvimento reconhecido em 6 países da américa latina.

Veja como funciona o Manbol:

"Eu tinha que pensar numa fórmula, porque os esportes tradicionais demoraram 200, 300 anos para se tornar público. Eu tracei uma meta de até 2030 esse esporte vasi ter força para ser olímpico.Mas para isso, ele precisava primeiro ser conhecido fora e depois aqui. Por que? Porque a gente demora a dar valor no que é nosso. Ai o que eu fiz? Fui para fora, lancei o esporte para dar força. Fomos na Expo Dubai, onde tinham 192 nações e nós fomos lá divulgar. Foi um ponto alto de conquista. Depois disso retornamos para Belém”, lembra.  

Além do mundo árabe, o manbol foi convidado por universidades da América do Sul a divulgarem um pouco da nova modalidade, assim, países como Argentina, México, Equador e Uruguai também entraram na turnê de divulgação. 

Regras

O manbol é disputado em uma quadra com 10 metros de comprimento, cinco de largura e duas áreas pequenas, chamadas 2L. São áreas para os dois primeiros lances e o esporte utiliza duas bolas. Quando a primeira bola passa da rede, a segunda precisa entrar em jogo, ambas lançadas e conduzidas com as mãos. Quem pegar a primeira não pode pegar a segunda. Assim se inicia a disputa. O manbol pode ser disputado individualmente ou em até times com seis membros. 

“O esporte desenvolve o ato de pensar rápido. Nós temos os jovens de hoje que possuem muita dificuldade em pensar por conta das milhares de coisas que despertam a atenção hoje em dia. O manbol tem potencial lúdico até o alto rendimento e pode ser jogado desde o individual até o sexteto. É um esporte que não tem limite de idade, mas a gente sugere a partir dos sete anos. A bola é leve, não machuca e é inspirada na manga. É pequena, simples, um grão de arroz gigante”, detalha. 

Hoje, o esporte possui um espaço cativo para treinos, nas dependências do Sesi Ananindeua. De acordo com o gerente do espaço, o manbol ganhou aceitação popular e hoje já é disponibilizado aos atletas e sócios do espaço. 

“Nós trabalhamos muito com a prática do incentivo ao esporte, incentivamos as práticas lúdicas, de alta intensidade, todos os esportes em si. Observamos no Manbol um valor muito grande, um esporte de movimentação intensa, exige da capacidade cognitiva dos praticantes, além de ser uma inovação e o Sesi adota essa política de apoiar iniciativas novas e dinâmicas. A partir das demandas fizemos alguns kits que eram entregues aos praticantes e depois de um tempo, devido a grande procura, nós instalamos aqui uma quadra de manbol, para que os praticantes e associados do Sesi possam usufruir. Hoje o esporte está identificado nas nossas atividades”, reitera Dário Silva. 

Divulgação do 'Desafio do Criador'. (Thiago Gomes / O Liberal)

Desafio do criador

Hoje, o esporte é regido por regras e tem uma entidade representante, que luta para colocar a modalidade cada vez mais no circuito esportivo paraense. “Eu pratico a atividade desde 2017. A ideia é fazer com que se torne conhecido, que as pessoas gostem e passem a praticar. Para isso estamos buscando movimentar a modalidade, apresentar para a sociedade e mostrar que é uma atividade que pode ser praticada por qualquer pessoa, é fácil, divertida e exige bastante do condicionamento físico”, comenta a presidente da Federação Paraense de Manbol, Izabela Pantoja. 

Nos próximos meses já estão programadas atividades relacionadas ao esporte, sobretudo no mês de julho, que oferece o clima ideal para a prática. “Temos três grandes eventos para este ano. Em julho, teremos a Taça dos Cabanos. Um evento muito importante, onde faremos aqui em Belém, no entroncamento, com 32 duplas competindo. Teremos também o circuito de praia, nas principais praias do estado, onde buscamos parceria com os prefeitos”, conta Rui. Os locais escolhidos para receberem o circuito verão são Alter do Chão, Salinas, Soure, Mosqueiro, Marabá e Conceição do Araguaia. 

Mas a cereja do bolo ficou para o mês de novembro. No dia 26 de novembro, praticantes de todos os lugares estão convidados para o grande desafio da modalidade, que nasceu inspirado nos desafios clássicos de uma luta hoje popularizada em todo mundo: o jiu-jitsu.  “Eu lancei um desafio inspirado no desafio Gracie, onde todo mundo tentava derrotar eles e perdiam. Eu pensei em fazer o mesmo, mas como o esporte é pouco conhecido, não teria muita divulgação. Então resolvi colocar dinheiro na história e vou dar R$ 100 mil para quem me vencer”, esclarece.

É um desafio que vai acontecer no final do ano, no Sesi Ananindeua, e receberá pessoas de nove estados e mais alguns países. O desafio do criador tem dois momentos, a etapa aberta, em que qualquer pessoa se inscreve e vão competir entre si. Quem vencer nesta etapa, se classifica para a chave de elite, e lá eles poderão ser desafiados por mim”, segue. 

Os interessados em se inscrever no ‘Desafio do criador’ podem acessar o site www.manbol.com.br/desafio/ para mais informações. 

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