Atleta inspira filho no skate e incentiva outras mulheres a entrarem no esporte

Carolyna Melazo se dedica para que mais mulheres entrem no mundo do skate, e pratica com o filho Murilo, de 14 anos

Andréia Santana
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Foi vendo o irmão competir, em 2013, que a arquiteta de profissão, Carolyna Melazo se apaixonou pelo skate. Desde então ela se dedicou a seguir a paixão e se tornou atleta. Atualmente, participa de diversos campeonatos e se dedica para incluir mais mulheres na prática do esporte. A paixão pelo skate foi tão grande que chegou ao filho, Murilo Melazo, de 14 anos, que hoje pratica e compete junto com a mãe. 

“Quando comecei a andar de skate ele tinha cinco anos. Ele ia comigo e meu irmão, e ficava observando, nós íamos estimulando a prática, sempre respeitando o tempo e interesse dele. Nessa época, por falta de espaço para andar em Belém, íamos para Castanhal praticar, ele ia junto e adorava”, conta Carolyna Melazo. 

Para Carolyna, o esporte ajudou a reforçar o vínculo entre mãe e filho, que passam mais tempo juntos, além de entrelaçar a maternidade com a vida de atleta. 

“Andamos muito juntos, agora ele que me ensina novas manobras. Ficamos muito juntos principalmente nos finais de semana, conversamos mais e gastamos tempo juntos sem culpa. Ser mãe já é uma tarefa árdua e que exige dedicação, atenção e amor. O skate veio pra somar nessa jornada. Com ele praticando junto comigo é mais fácil. Trago lições da vida para o skate e vice-versa”, disse. 

 


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Além de praticar com o filho, Carolyna se dedica para que outras mulheres entrem no mundo do skate. Ela trabalha junto com as integrantes do Skate Girls Pará, primeira associação do estado, que busca mais equidade no esporte. 

“Em abril, realizamos o IV Campeonato Paraense de Skate Feminino, que também contou com uma roda de conversa conduzida por uma psicóloga e um psicólogo, para combater problemas que nós mulheres enfrentamos nas pistas e ladeiras”, explicou.
A dedicação com a causa, que começou na pandemia, é para que mais mulheres possam praticar o esporte sem sofrer com o machismo nas pistas. “Sempre participo de campeonatos para estimular a prática feminina no esporte. Com a pandemia comecei a perceber que as meninas não estavam mais praticando e isso mexeu muito comigo. Outras atletas de São Paulo sentiram o mesmo, e juntas realizamos o movimento Skate Girls on The Hill, para incentivar as mulheres na prática. Depois disso, mergulhei em eventos relacionados à causa”, disse. 

Atualmente, Carolyna é integrante da Associação Paraense de Skate Longboard do Pará (ASLP), e após realizar cursos de arbitragem, vai atuar como árbitra no Circuito Paraense e no Circuito Brasileiro. Para a atleta, independente da idade, ser mãe e atleta é um presente. 

“É importante que as mães sejam livres para escolher praticar um esporte independente da idade, o esporte traz benefícios para a saúde e, se for junto com seus filhos, benefícios para o convívio. Aquelas que se interessam por skate, ou tem filhos que praticam podem assistir vídeos da modalidade juntos e criar esse bate papo, é importante escutar também os filhos eles tem muito para ensinar”, finalizou.

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