Hugo brilha mais que Cássio nos pênaltis e Corinthians bate Cruzeiro para ir à final

Estadão Conteúdo

Após o domínio e a vitória corintiana por 1 a 0 no Mineirão, no jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil, a rodada de volta terminou com vitória por 5 a 4 para o Corinthians nos pênaltis, forçados por vitória por 2 a 1 do Cruzeiro no tempo regulamentar. Hugo Souza defendeu dois pênaltis, enquanto o ex-corintiano Cássio, hoje goleiro cruzeirense, defendeu um.

Durante os 90 minutos, o time mineiro abriu o placar em um primeiro tempo no qual dominou os donos da casa e ampliou aos cinco do segundo, ambas as vezes com Arroyo. Matheus Bidu diminuiu para a equipe paulista, que fez grande segundo e desperdiçou muitas oportunidades de decidir a partida, uma vez que jogava pelo tempo.

O Corinthians decide o título contra o vencedor do clássico entre Fluminense e Vasco, que se enfrentam neste domingo no Maracanã, após vitória vascaína por 2 a 1 na ida, em São Januário. Os jogos da finais estão marcados para os dias 17, quarta-feira, e 21, domingo. A equipe carioca decide em casa.

Dorival mandou o Corinthians a campo com a mesma escalação inicial da vitória em Belo Horizonte. Ainda recuperando o ritmo após lesão, Rodrigo Garro começou no banco mais uma vez. No Cruzeiro, além das entradas de Jonathan Jesus e Matheus Henrique para suprir as ausências do lesionado Villalba e do suspenso Lucas Romero, Jardim escolheu sacar Arroyo e colocar Sinisterra como dupla de ataque do artilheiro Kaio Jorge.

Os cruzeirenses foram capazes de trocar passes no campo de ataque e levaram desconforto aos corintianos, que tiveram poucos momentos de desafogo durante a primeira metade da etapa inicial. Uma defesa brilhante de Hugo Souza em voleio tão brilhante quanto de Matheus Pereira gerou duplo susto nos alvinegros, já que Sinisterra pegou o rebote e só mandou para fora porque foi travado por Gustavo Henrique.

Dominado no Mineirão, o time celeste dava as cartas em Itaquera. Mesmo pressionado pela tentativa de marcação alta dos donos da casa, encontrava os espaços necessários para fazer a transição. Hugo Souza foi essencial para evitar que o Cruzeiro igualasse o placar agregado. A maioria das vezes em que o Corinthians esteve no campo de ataque foi pelo lado direito, por onde Yuri Alberto tinha de brigar com dois ou mais marcadores para tentar levar o lance adiante.

A superioridade cruzeirense passou a ser total mais perto dos minutos finais. Foi muito comum ver os defensores corintianos triando bolas rasteiras perigosíssimas de dentro da área. Após algumas tentativas pelo chão, o Cruzeiro resolveu na bola área, com um gol de cabeça marcado por Arroyo, que saiu do banco para entrar no lugar do lesionado Sinisterra, após cruzamento de William.

O Corinthians voltou para o segundo tempo com Raniele e Rodrigo Garro nas vagas antes ocupadas por Martínez e Carrillo, respectivamente. Ainda aos cinco minutos, Arroyo fez o segundo gol cruzeirense, em contra-ataque. O bandeirinha chegou a marcar impedimento, mas o lance foi analisado pelo VAR e validado pela arbitragem.

Acelerado pela necessidade, o Corinthians se entregou aos cruzamentos e, depois de equívocos, Matheus Bidu usou a cabeça para aproveitar cruzamento de Garro, em cobrança de falta, para diminuir e incendiar a Neo Química Arena. Mais combativo no meio de campo, o time alvinegro ganhou espaço no setor ofensivo e se expôs ao risco em determinados momentos, mas teve sucesso em barrar os contra-ataques cruzeirenses.

Mais confiantes, os jogadores corintianos se mobilizavam para roubar a bola ainda no campo cruzeirense e achavam alternativas diferentes da bola área para incomodar o goleiro Cássio. Chutes de fora da área de Memphis e Garro cumpriram essa função e forçaram grandes defesas do ex-corintiano. Em curto espaço de tempo, ainda houve uma bola carimbada no travessão pós-bicicleta de Matheus Bidu e um chute de Maycon na trave.

Bidu era um dos nomes que comandavam a reação alvinegra, com toques rápidos e tabelas eficientes pela esquerda, aproveitando com inteligência espaços curtos. Ter Garro em campo também fazia a diferença aos donos da casa para desenvolver o jogo pelo meio. O risco do contra-ataque cruzeirense, contudo, estava sempre à espreita. Bola no pé de Matheus Pereira era sempre motivo para o torcedor corintiano prender a respiração. Nenhum dos dois times voltou a marcar e a decisão foi para os pênaltis.

Nas penalidades, Matheus Pereira converteu o primeiro pênalti celeste e Yuri Alberto parou em Cássio. Em seguida, Wanderson e Memphis marcaram, antes de William também guardar, assim como fez Garro pelo Corinthians.

Hugo Souza até acertou o canto, mas não conseguiu defender a penalidade de Lucas Silva. O mesmo ocorreu com Vitinho no enfrentamento com Cássio. Hugo tinha de pegar a cobrança de Gabigol para manter os corintianos vivos, e foi isso que ele fez. Pouco depois, Gustavo Henrique marcou. Hugo defendeu a última cobrança, de Walace, e Breno Bido converteu para colocar o time paulista na final.

FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 1 X 2 CRUZEIRO

CORINTHIANS: Hugo Souza; Matheuzinho, André Ramalho, Gustavo Henrique e Matheus Bidu; José Martínez (Raniele), Maycon (Vitinho), Carrillo (Rodrigo Garro) e Breno Bidon; Memphis Depay e Yuri Alberto. Técnico: Dorival Júnior.

CRUZEIRO: Cássio; William; Fabrício Bruno, Jonathan Jesus e Kaiki; Lucas Silva, Matheus Henrique (Walace), Christian (Eduardo) e Matheus Pereira; Sinisterra (Arroyo, e depois Wanderson) e Kaio Jorge (Gabigol). Técnico: Leonardo Jardim.

GOLS: Arroyo, aos 39 minutos do primeiro tempo. Arroyo, aos cinco, e Matheus Bidu aos nove minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO: Rodrigo Jose Pereira de Lima (PE).

CARTÕES AMARELOS: Breno Bidon, Raniele e André Ramalho (Corinthians); Lucas Silva e Matheus Henrique (Cruzeiro).

RENDA: R$ 4.464.311,00.

PÚBLICO: 49.946 pagantes (47.520 total).

LOCAL: Neo Química Arena, em São Paulo.

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