Personalidade, golaços, dribles e silêncio: Giovanni completa 48 anos e festeja na web Craque de poucas palavras, lances de habilidade e pouca mídia é dono do maior currículo de um jogador paraense na história Carlos Fellip 04.02.20 17h14 Giovanni é ídolo do Barcelona (Reprodução / Instagram) Adjetivado grosseiramente por parte da imprensa esportiva na década de 90 como "verminoso" e "lento", o garoto que sonhava em ser eletrotécnico acabou se tornando o craque com o maior currículo da história do futebol paraense. Giovanni - o Messias - completa 48 anos nesta terça-feira (4) e, apesar da timidez, encontrou nas redes sociais um canal inédito com o público. No Instagram, o camisa 10 do Barcelona Legends - um time do Barça formado apenas por lendas da história do clube - publica frequentemente vídeos desfilando habilidade com a bola e mostrando os cuidados com a saúde. Nesta terça, publicou foto com a mãe, que também completa aniversário hoje. Ver essa foto no Instagram A vida já é um maravilhoso presente, completamos 4.8 e 8.1 ,pedi mais o que ? Apenas agradecer por Deus nos dá saúde e mais um ano de vida ! Felicidades minha mãezinha. Te amo ❤️#Doracy #Deusèbom #nivermãeefilho #alegriaemdobro😍 ““Portanto eu digo: Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante que a comida, e o corpo mais importante que a roupa? Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas?” Mateus 6:25-26 Uma publicação compartilhada por Giovanni Oliveira (@g10vanni) em 4 de Fev, 2020 às 12:41 PST HISTÓRIA Giovanni nasceu em Belém, mas cresceu no município de Abaetetuba, nordeste paraense. Isto porque o pai, que era maquinista, foi transferido para o interior por conta do trabalho. Aliás, o ofício do pai era visto como um sonho pelo próprio Giovanni, que só tinha contato com o futebol através da escola e da rua. Ainda em Abaetetuba, um vereador já falecido instigou o garoto a apostar numa carreira como atleta no futebol. Depois de muita insistência, Giovanni resolveu aliar o útil ao agradável e aproveitou a ida a Belém para estudar em um curso de eletrotécnica para também cumprir a vontade do amigo de ser submetido a um teste na Tuna Luso Brasileira. Deu certo! Giovanni passou na Águia Guerreira e passou a jogar futebol. O destaque ainda jovem com a cruz de malta levou Giovanni - torcedor do Paysandu na infância - a vestir a camisa do Remo no campeonato brasileiro de 1993. Era a chance de enfrentar grandes adversários. No entanto, as atuações foram oprimidas pelas críticas e rótulos que começaram a surgir sobre o futebol dele. Na sequência, no início de 1994, ele foi para o Paysandu, onde também não conseguiu agradar e terminou o semestre sem contrato. A única proposta naquele momento foi do modesto Sãocarlense para jogar a Série A2 do campeonato paulista. Foram quatro jogos em dois meses e, na última partida, houve transmissão televisiva. Foi quando Giovanni foi procurado pelo Palmeiras, que o colocou em um hotel para esperar os testes físicos e clínicos. O jogador, no entanto, adoeceu por causa do frio, sentiu-se abandonado pelo Verdão e voltou para Belém. Só que o então presidente do Santos, Samir Abdul-Hak, assistiu àquela única partida que passou na TV e resolveu contratar o camisa 10 por empréstimo. Giovanni chegou ao Santos em junho e ficou alojado em um apartamento com quatro amigos. A relação dele com o Santos era apenas a de treinar e depois jogar futevôlei com os amigos. Em novembro, Giovanni seguia a rotina, quando foi surpreendido pela primeira vez em que fora chamado pelo técnico Serginho Chulapa para um jogo oficial. Na ocasião, o paraense foi avisado por amigos, que o impediram de ir para o futevôlei habitual. Giovanni - já pronto para a praia - chegou a ligar para o clube para confirmar a informação e, por pouco, não perdeu a chance de estrear pelo Peixe. Em 1995, começou a turbinada na carreira do meia. Ele comandou o Santos na Série A do campeonato brasileiro e ficou marcado na semifinal. Na época, o Santos tinha perdido por 4 a 0 para o Fluminense no primeiro jogo eliminatório, mas Giovanni, tranquilo como de costume, disse que faria dois gols e citou o nome de outros jogadores que fariam mais três gols e garantiria, assim, a classificação do Peixe. Dito e feito! Giovanni fez dois gols e deu passe para os outros três tentos santistas. A partir de então, ficou conhecido como "Messias". Ainda naquele ano, Giovanni começou a ser convocado para a Seleção Brasileira, no início do ciclo para a Copa do Mundo de 1998. As convocações ficaram ainda mais frequentes após o acerto com o Barcelona, onde ele também enfrentou problemas no início, chegou a ser colocado como moeda de troca em uma negociação do clube catalão com o São Paulo por Denílson, mas ficou na Espanha e foi aplaudido de pé no Camp Nou mais de uma vez. O ciclo no Barça foi de 1996 a 1999, jogando ao lado de atletas como Ronaldo e Rivaldo. Nesse intervalo, Giovanni foi convocado por Zagallo para a Copa do Mundo de 1998. Nas eliminatórias, foi titular e chegou como titular na Copa da França. No entanto, jogou os primeiros 45 minutos da vitória por 3 a 0 sobre o Marrocos, na estreia da competição, e foi substituído por Leonardo. Foi a última vez que Gio jogou na Copa. Ele seguiu no grupo sem ser utilizado pelo treinador, com quem rompeu relações. Até hoje, é discutida qual teria sido a motivação de Zagallo para barrar o paraense do torneio. Depois, Gio ficou no mercado e recebeu três propostas. Sem vaidade e na dúvida para qual clube iria, o jogador pediu um sinal a Deus e, enquanto estava conversando com um amigo, foi cumprimentado por uma pessoa que perguntou se o jogador não queria conhecer a Grécia. Desta forma, Giovanni escolheu jogar pelo Olympiakos, onde é considerado um marco no estilo de jogar futebol. Giovanni deixou o país em 2005 com duas biografias escritas em grego. Na volta ao Brasil, o jogador passou pelo Santos, onde acompanhou o ciclo de Robinho e Diego, depois saiu para o futebol árabe, no Al-Hilal, votlou para a Grécia, no Ethnikos, e retornou de vez ao país de origem para atuar pelo Mogi Mirim a pedido do amigo Rivaldo - então presidente do Sapão - e no Santos, onde encerrou a carreira ao lado dos ainda garotos Paulo Henrique Ganso e Neymar. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave esportes futebol paysandu remo jornal amazônia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Futebol . 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