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Personagens de virada histórica do Santos relembram intervalo no gramado do Pacaembu

Ao L!, Camanducaia, Jamelli, Marcelo Passos e Robert recordaram os bastidores da vitória por 5 a 2  sobre o Fluminense, pela semifinal do Brasileirão de 1995

Fábio Lázaro*
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A grande virada do Santos diante do Fluminense na semifinal do Campeonato Brasileiro de 1995 contou, no segundo jogo, com algo pouco inusitado e que ficou marcado na história santista.

O Peixe, que no jogo de ida havia sofrido 4 a 1, no estádio do Maracanã, tinha a vantagem no empate agregado, portanto precisava de três gols no confronto de volta, realizado no Pacaembu. Após abrir 2 a 0 no primeiro tempo, os jogadores não foram ao vestiário, permanecendo no gramado e conseguindo o terceiro tento nos primeiros minutos da etapa final.

O jogo acabou 5 a 2 para o Alvinegro Praiano, que viria a ser vice-campeão nacional, derrotado pelo Botafogo na decisão, diante de uma arbitragem duvidosa do árbitro mineiro Márcio Rezende de Freiras.

A Rede Bandeirantes reprisará a goleada contra o Flu neste domingo às 16h. Ao L!, quatro atletas daquele elenco falaram sobre a experiência.

Afinal, de quem foi a ideia?Os meias Jamelli e Robert, titulares durante toda a campanha do Peixe em 1995, foram expulsos no confronto de ida. No entanto, o Peixe, do técnico Cabralzinho, tinha no elenco “reservas de luxo”, como Camanducaia e Marcelo Passos, que costumavam deixar as suas marcas sempre quando entravam no decorrer das partidas. A ausência da primeira dupla citada abriu espaço para a segunda ser titular contra o Flu. Mesmo fora de campo, Jamelli e Robert estiveram na concentração com a equipe e acompanharam a partida do Pacaembu.

Contudo, o dono da ideia de ficar no meio de campo no intervalo e a forma com que tudo foi planejado varia de quem conta a história. Para alguns, a iniciativa partiu do técnico Cabralzinho, já outros do capitão Gallo. A data e local também variam: há os que relatam que foi no ônibus, após a derrota no Maracanã, e tem quem diga que aconteceu no treino da véspera.

Santos 5 x 2 Fluminense em 1995, no Pacaembu.

Giovanni foi o craque santista na partida (Foto: Divulgação/Santos FC)

– Essa ideia foi do Cabralzinho, que reuniu o grupo no último treino, sábado de manhã, e disse que se o time conseguisse fazer um ou dois gols no primeiro tempo permaneceria no centro do gramado, com o calor da torcida. Os torcedores estariam empurrando, incentivando, e, com certeza, iríamos entrar mais ligados ainda no segundo tempo, para poder buscar a vitória – relembrou Camanducaia.

– Saiu logo depois do jogo do Maracanã, no ônibus. A gente revoltado com a nossa própria atuação. Sabíamos que não jogamos nem metade do que poderíamos e perdemos do jeito que a gente perdeu. E, se eu não me engano, o Gallo que teve essa ideia de permanecer no meio campo no intervalo – contou Robert.

– A ideia de ficar no campo a gente teve um dia antes. Estávamos jantando e o Gallo, que era capitão do time, foi na nossa mesa. Tava eu, Giovanni, o Gallo, acho que o Narciso, Edinho... foi desse jeito, um dia antes – recordou Jamelli.

– Essa ideia surgiu do próprio elenco, do grupo, a gente se reuniu no hotel. Conversamos bastante também sobre a primeira partida – disse Marcelo Passos

Necessidade de sair na frenteMesmo com as diferenças em cada relato, algo que todos lembraram foi da importância dada ao time marcar pelo menos um gol (de preferência dois) nos 45 minutos iniciais. O que aconteceu.

– A discussão era que precisávamos fazer pelo menos um gol no primeiro tempo. De preferência dois, mas no mínimo um. E foi ali que começou essa posição que a gente teria que ter no jogo – contou Robert.

– Eu não ia jogar esse jogo, mas a gente tava falando: pô, se tivermos bem, temos que fazer alguma coisa diferente. Se tivermos ganhando de 1 a 0, 2 a 0, a gente tem que fazer alguma coisa. E aí veio essa ideia de ficar no campo se a gente tivesse ganhando o jogo, para a torcida ficar com a gente e nós fazermos algo diferente. – concluiu Jamelli.

Importância em 100%A reportagem questionou os ex-atletas sobre o peso daquela atitude no resultado final, seja mantendo o time ligado, deixando a torcida acesa ou abalando psicologicamente os adversários.

– Pra mim, dez, Até mil, se for colocar no papel uma numeração que os favoreceu – respondeu Marcelo Passos.

– Nota dez, porque a torcida fez a diferença e foi a combustão para que o time voltasse pilhado pro segundo tempo, tanto que já no começo do segundo tempo conseguiu o terceiro gol – disse Camanducaia.

Além dos citados, os personagens que também fizeram parte daquele episódio foram: Edinho, Marquinhos Capixaba, Narciso, Ronaldo Marconato, Marcos Adriano, Gallo, Carlinhos, Giovanni e Macedo, que iniciaram como titulares, além do técnico Cabralzinho e de Pintado, Batista e Marcos Paulo, que entraram no decorrer da partida.

* Sob supervisão de Vinícius Perazzini

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