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Longe dos estádios há um ano, torcedores de Remo e Paysandu lamentam distância física com clube do coração

Baenão e Curuzu foram palcos das últimas partidas

Beatriz Reis
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Há um ano, nos dias 14 e 15 de março de 2020 ocorriam as últimas partidas em território paraense com a presença do público. Era a oitava rodada do Parazão, muita chuva, festa nas arquibancadas e a torcida presente em peso no Baenão e na Curuzu. Uma aglomeração que não sabemos quando vamos presenciar novamente.

No dia 14 de março, o Remo enfrentou o Independente em uma partida que terminou empatada em 0 a 0, como já é normal nesse período em Belém a chuva da tarde deu o ar da sua graça durante a partida.

Para o engenheiro da computação e torcedor do Remo Edson Pinheiro, acostumado ir ao estádio em todos os jogos do Leão em Belém há quase uma década, a saudade já é enorme, pois ir aos estádios é um dos seus principais momentos de lazer.

“O jogo em si não foi dos melhores, o Remo deixou escapar uma vitória até certo ponto fácil. Também as notícias da chegada do vírus no Brasil estavam começando a aparecer com maior frequência, o que causava um certo receio de estar ali no meio daquela multidão. Para mim teve um outro fator emocional naquele dia, pois eu iria passar por uma cirurgia na segunda-feira seguinte. Até então não fazíamos ideia de como as coisas seguiram dali em diante”, comentou.

image Edson gostaria de acompanhar do estádio os jogos do Leão na Série B (Arquivo Pessoal)

Mesmo sendo uma possibilidade distante da realidade em que vivemos, Edson sonha com o dia em que poderá estar nas arquibancadas torcendo pelo Remo na Série B, sem provocar uma nova onda, com toda segurança.

“Acho que a principal expectativa é o fim da pandemia que tem causado tanto sofrimento para muita gente. Vai ser o maior dos alívios saber que teremos segurança de estar junto com nossos companheiros de arquibancada, sem provocar uma nova onda e afins. Depois disso, é saber que vou poder retomar meu lazer favorito, de viver aquele momento do estádio, de cantar, de pular, rezar e vibrar com cada gol marcado e vitória conquistada. Ainda mais com o Remo de volta para Série B de pois de tanto tempo. Poder assistir um jogo do Remo nesse campeonato vai ser nada menos do que mágico”, finalizou.

Já no dia 15 de março, foi a vez da Curuzu receber o seu último jogo com a presença da torcida, o Paysandu venceu o Castanhal, por 1 a 0, em uma manhã de muita chuva. A partida precisou ser paralisada por quase uma hora em decorrência da forte chuva durante a partida, alguns torcedores deixaram o estádio antes do fim da partida.

O professor de geografia Vinicius Warlen, considera o estádio a sua segunda casa. Segundo Vinicius, ele não consegue mensurar a saudade que sente dos estádios, de reunir com os amigos horas antes de uma partida para confraternizar.

“Lembro que a doença já havia chegado ao Brasil, todos atônitos, noticiários eram somente sobre o vírus, mas realmente a gente ainda não tínhamos noção do que estava por vir. Foi uma manhã chuvosa, Curuzu com um bom público, jogo difícil, gramado pesado e houve até interrupção. Meu pai nessa interrupção, já todo molhado foi embora, mas eu sei lá, parecia que eu estava sabendo que era uma despedida longa dos estádios, fiquei na chuva até o último momento e acabei vendo o gol suado da vitória do Paysandu. Parece que ainda ouço a torcida gritando e vibrando aquele gol”, relembrou.

image Vinicius sente saudade de encontrar com os amigos e comemorar cada gol no estádio (Arquivo Pessoal)

Vinicius contou que as vezes se pega assistindo a jogos históricos do Paysandu para matar um pouco da saudade, pois sabe que a presença da torcida vai demorar para acontecer.

“É uma das coisas que eu mais tenho saudade, se não a mais. Sei que ainda é uma realidade muito distante, porém acredito que vamos conseguir passar por tudo isso e vamos voltar à normalidade, para vermos de perto os títulos que vem por aí do Paysandu”, finalizou.

E você torcedor, qual está sendo a sua maior saudade nesse um ano sem ir aos estádios?

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