Jogadora do Barcelona e da Seleção Brasileira denuncia abuso psicológico no clube

Atacante de apenas 18 anos publicou uma carta aberta onde relatou ter sofrido tratamento abusivo no Barça

Aila Beatriz Inete
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A atacante brasileira Giovana Queiroz, atleta do Barcelona mas que está emprestada ao Levante, publicou em suas redes sociais uma carta direcionada ao presidente do time catalão, Joan Laporta, onde denunciou abusos psicológicos que sofreu dentro do time espanhol. 

Na carta, a brasileira relatou que quando chegou ao time foi bem recebida. Mas após ser convocada pela primeira vez para a Seleção Brasileira passou a perceber um tratamento diferente dentro do clube. 

“Primeiro recebi indicações de que jogar com a Seleção Brasileira não seria o melhor para o meu futuro dentro do clube. Apesar de ser desagradável, não dei muita importância e atenção ao assunto. Com o tempo, eles usaram outros mecanismos para me pressionar dentro e fora do clube. Me estavam encurralando para que eu renunciasse para defender a Seleção. Usaram métodos arbitrários com claro objetivo de prejudicar minha vida profissional", contou. 

 

Além disso, Giovana denunciou que no ano passado foi subimetida a um confinamento ilegal. A atacante precisou cumprir uma quarentena imposta pelo Barça que, segundo ela, o Departamento Médico da Catalunha disse, depois, que não havia necessidade. 

Após o cumprimento da quarentena, a jogadora foi chamada para a Seleção Brasileira e quando retornou ao Barcelona, foi acusada de cometer uma grave indisciplina. 

“Me acusaram injustamente de haver descumprido o confinamento, de ter viajado sem autorização do clube e consentimentos das capitãs da equipe. Tentei mostrar que isso não era certo. Entrei em pânico. Temi pelo meu futuro. Participei das campanhas da Fundação Barça para a aprovação da lei de proteção de menores contra a violência e ao mesmo tempo, dentro do clube, estava totalmente desprotegida. A partir desse momento minha vida mudou para sempre. Estive completamente exposta a situações humilhantes e vergonhosas durante meses dentro do clube", relatou Giovana.

A jogadora ressaltou que não foi fácil vir a público denunciar os abusos que sofreu e espera que seu testemunho encoraje outras mulheres que sofreram algum tipo de violência "quebrem o silêncio”. 

No fim, a jogadora disse que teve a vida profissional e pessoal afetada pelas experiências negativas. A atleta ainda afirmou que o Barcelona não é o responsável direto pelas atitudes abusivas que sofreu, mas salientou que espera que o time se posicione e tome providências. 

"Espero que o Barcelona cumpra com seu papel institucional e atue de maneira consciente e transparente, investigando e denunciando os possíveis delitos às autoridades pertinentes. Também desejo que o clube, através de seu presidente, se comprometa a implementar medidas efetivas para combater o problema evidente e bem documentado do abuso moral, assédio moral e a violência psicológica contra as mulheres", finalizou. 

Investigação

Segundo o jornalista Marcelo Bechler, uma fonte do Barcelona disse que as denúncias feitas pela brasileira foram analisadas pelo clube e pela FIFA. De acordo com as informações, os dois julgaram a favor do Barça.  

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