Ganso fala sobre atuar no Remo e aprova Márcio Fernandes: 'bom treinador'
Meia do Fluminense concedeu entrevista e falou sobre planos para a carreira, relação com futebol paraense e até possibilidade de jogar em Belém
Nilson Cortinhas
Paulo Henrique Ganso nunca escondeu a preferência pelo azul marinho do futebol paraense (Lucas Mercon / Fluminense F.C.)
"Quem sabe?" Assim, o meia Paulo Henrique Ganso definiu uma possibilidade de voltar a usar a camisa da Seleção Brasileira. Após uma passagem frustrante em dois clubes do futebol Europeu, o atleta paraense se distanciou da lista que reúne os melhores do Brasil. A sua última convocação foi em 2016, ainda com o comando técnico de Dunga.
Como fez partidas positivas com a camisa do Fluminense, Paulo Henrique crê que a dedicação, trabalho árduo, podem convencer o atual treinador da seleção, Tite. E de fato, se for mais participativo, Ganso tem condições técnicas de integrar a seleção, com os seus passes e lançamentos refinados.
Ganso é o principal jogador do atual elenco do Fluminense (MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC.)
Na entrevista a seguir, exclusiva para a Redação Integrada de O Liberal, o meia comenta sobre seu momento no futebol carioca, seleção brasileira, abordando também o futebol paraense. Confira.
1 - Quais os ensinamentos que você recebeu e quais você repassou dentro do elenco do Fluminense?
Ensinamentos recebemos diariamente. Dos mais variados profissionais. Acho que precisamos estar sempre dispostos a aprender, seja no dia a dia pessoal ou profissional. Eu posso aprender até com meus filhos pequenos. Então, eu busco colher os melhores aprendizados e adaptar na minha rotina e na minha evolução, tanto como jogador, tanto como pessoa.
2 - O fato de ter feito o primeiro gol pelo Fluminense "de barriga" pode ser um sinal de bons fluidos para o Ganso no clube?
Espero que sim. O gol foi especial, por tudo que representou, mas ainda mais importante foi a vitória. Meu papel é ajudar o clube, e se eu conseguir isso através de gols, melhor ainda. Quero sempre o melhor para o Fluminense e vou trabalhar muito para consegui-lo.
3 - Olhando para o futuro, qual o seu maior sonho? A Seleção Brasileira é um deles?
É um sonho que eu tive o prazer de realizar, e que se renova a cada ciclo. Lógico que mantenho esse sonho renovado e vivo dentro de mim, mas sei do desafio que é chegar lá e das dificuldades que encontrarei no caminho. No dia que um atleta parar de sonhar, não tem mais porque competir e se dedicar no dia a dia.
Paulo Henrique Ganso foi o último paraense convocado para a Seleção (Mowa Press/Divulgação)
4 - Hoje você se encaixaria no esquema de Tite, na Seleção?
No futebol de hoje, se encaixar num esquema é muito relativo. Os jogadores têm muito mais função do que posição. Na Seleção, o patamar é muito alto e a qualidade da concorrência também, mas nada resiste à confiança e ao trabalho árduo. Quem sabe um dia eu não possa sentir esse prazer novamente?
5 - Olhando para o passado, tem algo que você se arrepende em relação à carreira?
Acredito que não. Sempre fui um cara muito convicto de minhas decisões. É claro que tem alguns detalhes que, hoje pensando, mais velho e mais maduro, eu talvez fizesse um pouco diferente. Mas acho que não mudaria. Sempre tomei decisões de forma muito convicta e consciente.
6 - Acompanha de alguma forma o futebol paraense, mais especificamente o Remo?
Pela nossa correria, é difícil acompanhar outros campeonatos. Mas eu sempre torço pelo bem do clube e do futebol local. Vejo muito potencial de crescimento no Pará e espero que as coisas tomem o caminho certo. Há muito talento no Estado para ser lapidado.
Paulo Henrique atuou pelas categorias de base do Paysandu no campo (Arquivo Pessoal)
7 - O Remo tem, atualmente, um técnico que trabalhou com você no início da carreira (Márcio Fernandes). O que você lembra dele da época do Santos?
Ganhamos muitos títulos nas categorias de base do Santos, sem dúvida aprendi algumas coisas. Ele é um bom treinador e espero que possa ter sucesso na carreira.
8 - Passa pela sua cabeça encerrar a carreira em Belém? Se sim, seria por Remo (time do coração) ou pelo Paysandu (time contribuiu na sua formação)?
Eu não gosto de fazer planos muito específicos para o futuro, porque sabemos como são as coisas no futebol. Prefiro pensar no presente e no futuro breve, para que eu possa sempre estar fazendo o que mais amo e o que me dá prazer.
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18.04.24 19h57
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