Ex-Remo, volante acusa Santos-AP de falsificar assinatura em rescisão contratual; Clube nega
A perícia confirmou que a assinatura de Ramon foi falsificada. Mas presidente do Santos-AP diz que ter provas de que não ocorreu tal fato
O volante paraense Ramon, de 32 anos, acusa o Santos-AP de ter falsificado a assinatura na rescisão contratual e tem provas de tal ato. Tudo começou quando ele foi cobrar do clube o pagamento de salários atrasados. Foi então que o presidente do Santos-AP, Luciano Marba, disse que foi realizada a rescisão contratual. No entanto, o atleta afirma que não assinou nada. O documento com a rescisão contratual foi enviado para a perícia, que confirmou a falsificação na assinatura.
“Estava no Santos-AP. Normal. Jogando o estadual. Tinha contrato até o final da Série D. Como teve a pandemia, teve que parar o campeonato. Eles chegaram para conversar para a gente vir para nossa casa. E aí os times da Série D pegaram o dinheiro da CBF. Eu vim para minha casa com o acordo que fiz com eles. E ainda tentei fazer acordo para encerrar o contrato, pegar só mais um mês e vir embora. Porque eles falaram que iriam pagar metade do salário para cada jogador. Isso passou um mês, dois meses e mandei mensagem para o presidente. Um amigo meu disse que recebeu um mês. Aí o presidente disse que tinha dado entrada na minha rescisão. Que estava no BID. E eu disse como se eu não assinei nada. E ele disse que sim. Mas como? Se eu li tudo. Aí levei no perito que confirmou que o time falsificou minha assinatura. E vou esperar para ver como vai ficar”, relatou Ramon, que jogou no Remo, Cametá e outros times do Pará.
A reportagem ainda falou com o advogado do atleta, Emerson Dias. Ele informou que estava esperando apenas a resposta da perícia para dar entrada na documentação.
“Recebemos o laudo pericial hoje (sexta-feira). Estava esperando o laudo para ajuizar a ação”, comentou.
POSICIONAMENTO DO SANTOS-AP
O presidente do Santos-AP, Luciano Marba, negou a falsificação. Ele disse que tem provas de que o jogador assinou a rescisão.
“No início da pandemia o jogador solicitou passagem para ir para Belém tendo em vista a suspensão do campeonato. Chegando lá, o mesmo disse que não tinha mais interesse em jogar no clube. Foi enviado as duas rescisões em PDF para o mesmo assinar e devolver. Acreditamos que ele tenha feito assinaturas diferentes para já arquitetar essa prática de tentar tirar dinheiro dos clubes. Em relação a pagamentos do período trabalhado, o clube não deve nada a este jogador que pediu inclusive para depositar na conta do primo dele pois estava inadimplente com os bancos conforme mensagens enviadas por ele”, afirmou Luciano Marba.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA