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Denúncia! Técnico do Amazônia Independente critica logística da FPF; veja

Matheus Lima disse, em entrevista a O LIBERAL, que clube vem sendo prejudicado no deslocamento para jogos

Caio Maia e Luiz Guilherme Ramos

O Amazônia, clubes que subiu neste ano à elite do futebol paraense, denunciou problemas logísticos nas partidas da equipe no Parazão 2022. De acordo com a agremiação, a Federação Paraense de Futebol (FPF) não tem cumprido com as obrigações de transporte antes da partida. A denúncia também fala sobre problemas no repasse de mais de R$ 600 mil em cotas. 

As maiores dificuldades logísticas, segundo a equipe, ocorreram na partida entre os clubes na quinta rodada do estadual. O jogo, realizado no CT do Remo, em Outeiro, teve atraso das delegações e problemas no contato com ônibus para o transporte de atletas. 

De acordo com o treinador do Amazônia, Matheus Lima, a delegação do Sapo Doido esperou mais de 1h30 o ônibus que levaria os jogadores até a balsa, que dá acesso ao distrito de Outeiro. Segundo o comandante da equipe santarena, o atraso se deu por uma falha de comunicação da Federação e a empresa que freta os ônibus para os clubes. 

"Ficamos muito tempo esperando o ônibus. Tentamos entrar em contato com a organização do campeonato e eles alegaram que avisaram o motorista em cima da hora e, por isso, tínhamos que atrasados.  O jogo estava marcado para 9h30 e chegamos 9h no estádio. Não aquecemos direito e fomos pro jogo", explicou Matheus. 

Nesta mesma partida, outro problema quase impossibilitou a realização do duelo. Apenas o Caeté apresentou médico na comissão técnica. Caso nenhuma das equipes tivesse um profissional, o jogo não poderia ser iniciado. 


Atraso no repasse de cotas

O técnico foi além nas denúncias e disse que o problema com a logística dos jogos vem desde o ano passado, quando o time disputava a segunda divisão do Campeonato Paraense. “Desde a Segundinha, estamos aguardando um posicionamento da federação sobre despesas. O governo mandou uma cota de 680 mil para ressarcir as despesas de logística dos clubes e não houve nenhum tipo de ressarcimento sobre esses valores”, assegura. 

Para ele, o clube tem sofrido graves consequências, tanto na esfera financeira, quanto física, por causa das dificuldades para disputar os jogos. “Todas as notas que são apresentadas na FPF não são aceitas. Estamos com um tremendo prejuízo financeiro por conta disso. Lá em Parauapebas fomos praticamente expulsos do hotel. Saímos pro jogo e recebemos a ordem de que não podíamos voltar pra buscar as coisas. Ficamos muito tristes com tudo que vem ocorrendo com o Amazônia. Decidimos nos manifestar agora sobre tudo o que vem ocorrendo", encerra.

A reportagem entrou em contato com a Federação Paraense de Futebol (FPF) e aguarda posicionamento.

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