Após jogo contra o Remo, jogador do Cametá pede profissionalismo de atletas: ‘Fomos curtir carnaval’
Declaração do meia Rayro foi um duro golpe no grupo, que, segundo ele, precisa estar mais atento às exigências do futebol e levar o esporte com maior seriedade
A derrota para o Remo por 4 a 2 repercutiu não só na estagnada do Mapará na tabela do Parazão, mas também nos bastidores do clube. Ao final da partida, o meia Rayro concedeu entrevista para a TV Cultura e, em uma espécie de desabafo, fez um alerta acerca do profissionalismo que alguns atletas deixam de adotar durante um campeonato de futebol profissional.
Em tom aberto de crítica, o jogador disse que alguns companheiros preferem "curtir o carnaval" do que se empenharem no trabalho físico e tático. Segundo ele, isso explica o porquê da hegemonia de Clube do Remo e Paysandu. "No primeiro tempo o Remo fez por merecer a vitória. Estava em casa, com o apoio da torcida. É óbvio que eles iriam fazer uma pressão pela vitória", disse logo no início da conversa com o repórter Alex Ferreira.
Logo adiante, o jogador mudou o tom da entrevista para despejar sua insatisfação com alguns colegas. "O meu desabafo é para nós, como atletas, principalmente os locais, que reclamamos muito sobre oportunidades em Paysandu e Remo. Não posso generalizar todos, mas a maioria precisa ser um pouco mais profissional. Não tenho o que reclamar da diretoria, porque eles têm nos dado um respaldo. Precisamos ser mais profissionais para que possamos fazer um jogo desse de alto nível", disse.
Para embasar a crítica, o jogador usou o próprio adversário, que na última quinta-feira foi até o Espírito Santo jogar contra o Vitória-ES, pela Copa do Brasil, e já retornou para competir pelo Parazão, num claro desgaste que poderia ser útil ao Cametá, caso o elenco fosse mais comprometido, segundo ele.
SAIBA MAIS
"O Remo teve um jogo na quinta-feira, desgastante, hoje veio aqui, impôs o ritmo de jogo deles, enquanto a gente aproveitou o fim de semana para curtir o carnaval. Acho que temos que perder o amadorismo. Existe uma vida extra-campo e uma vida dentro de campo e isso conta muito para fazermos um futebol de alto nível e competir de igual para igual", conclui.
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