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Após cancelar vistoria no Mangueirão, CBF emite ofício, chama FPF de 'irregular' e corta verbas

Eleição na Federação Paraense de Futebol foi cancelada quatro vezes

Luiz Guilherme Ramos

O Pará sofreu uma derrota nos bastidores, na tentativa de trazer para a reabertura do Mangueirão, a partida entre Brasil e Argentina. De acordo com a Confederação Brasileira de Futebol, o palco do Clássico das Américas será a Arena Neo Química, de propriedade do Corinthians, em São Paulo (SP). A decisão, segundo a entidade, se deu por causa do atraso na escolha do novo presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF).

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Quem antecipou a escolha da CBF foi o narrador esportivo Galvão Bueno, durante o programa Bem Amigos, da SporTV. Rapidamente a notícia se espalhou, até que a entidade máxima do futebol brasileiro manifestasse as razões que a levaram a optar pelo estádio corintiano. Assim, um documento foi encaminhado diretamente ao Governador Helder Barbalho, expondo os pontos chaves para a decisão.

Segundo o documento, de forma clara e objetiva, a decisão por não jogar na reabertura do Mangueirão reside no fato de que a FPF, a entidade regional de administração do futebol paraense "não se encontra regular perante a CBF, uma vez que ainda não foram realizadas as eleições, no prazo estipulado no estatutos da FPF, para provimento dos cargos de presidente, vice-presidentes e membros do Conselho Fiscal".

Confira o documento na íntegra

O documento destaca ainda que o mesmo processo eleitoral já foi adiado por quatro vezes, por força de ações judiciais movidas pelo Ministério Público do Estado do Pará. Atualmente, a FPF é presidida interinamente por Graciete Maués e a atual data agendada para o pleito é o dia 29 de junho.

Assim, segundo a CBF, "como ainda não houve o preenchimento dos cargos diretivos da FPF por meio de eleições devidamente convocadas e realizadas, a entidade local não se encontra regular perante a CBF, o que, nos termos de nosso regulamento, inviabiliza a inspeção a ser realizada", descreve.

A decisão é fundamentada em um documento encaminhado do Departamento Jurídico da CBF ao presidente Ednaldo Rodrigues. Nele, existe um parecer técnico que expõe a argumentação da própria presidente interina, que assegura estar cumprindo as obrigações eleitorais e pede a continuidade "aos repasses administrativos e financeiros por parte da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)".

Na mesma argumentação, o jurídico da CBF reafirma que a escolha de nova data não garante a realização das eleições, "em razão da judicialização das tentativas anteriores de realização das eleições desde o final de 2021''. Assim, entende-se que, enquanto não houver o preenchimento dos cargos eletivos da FPF, a Federação está irregular perante a CBF, não fazendo jus ao recebimento dos repasses financeiros", encerra.

FPF

A equipe de O Liberal entrou em contato com a presidente interina da Federação Paraense de Futebol (FPF) e aguarda um posicionamento

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