Amor, humildade e gratidão; irmãos roupeiros se 'enfrentam' na final entre Paysandu x Tuna Alcino pela Tuna e Cristóvão pelo Paysandu, irmãos que trabalharam juntos, hoje estão de lados opostos na grande final do Parazão 2021 Fabio Will 23.05.21 9h00 Os irmãos Alcino (à esquerda) trabalha na Tuna e Cristóvão (à direita) é funcionário do Paysandu (Igor Mota / Ivan Duarte / OLiberal) A final do campeonato Paraense 2021 entre Paysandu x Tuna Luso, hoje, na Curuzu, mexe com a família Mendes. O confronto coloca frente à frente dois irmãos, um trabalhando pelo Papão e outro pela Águia Guerreira do Souza. Os filhos do Seu Constâncio Mendes e da Dona Marcelina Mendes, feirantes do Ver-O-Peso e sustentavam a casa com a venda do açaí, tiveram uma vida muito humilde e quis o destino que os colocassem em uma decisão de futebol. O filho mais velho dos homens, Alcino, de 67 anos, roupeiro da Tuna, vai encarar o irmão mais novo, Cristóvão, roupeiro do Paysandu. O INÍCIO O futebol traçou o caminho dessa família. Apaixonado por futebol, Alcino sempre andava pelos campos de Belém, até que um dia, no ano de 1971, foi chamado por um dirigente do Paysandu para trabalhar de grameiro, na Curuzu. Ele aceitou na hora e assim ficou por um tempo ganhando uns “trocados”. “Eu gostava de acompanhar os jogos, sempre ia aos treinos dos times aqui de Belém. Pintou essa oportunidade e eu agarrei, porém, precisaram de alguém na rouparia e o Miguel Pinho mandou eu assumir esse cargo de roupeiro. Eu não sabia absolutamente nada, nos primeiros dias eu me confundia, tinha que separar as chuteiras, shorts, mas aos poucos fui aprendendo e consegui seguir a carreira, mas hoje defendo as cores da Tuna”, disse. NOVA FUNÇÃO E “NOVO” COMPANHEIRO Mas Alcino conseguiu uma vaga de auxiliar de rouparia para o irmão mais novo, Cristóvão, que até hoje trabalha no Paysandu e é uma das figuras mais carismáticas da comissão técnica alviceleste. “O serviço estava pesado demais, acumulei funções dos juniores e pedi a para contratar alguém. Miguel Pinho atendeu o pedido e levei o Cristóvão, meu irmão, para trabalhar comigo. Foi um tempo muito bom, relação de confiança, de família, dividir o tempo, as angústias, as alegrias”, disse, Alcino. MELHOR PROFESSOR Hoje Cristóvão é uma realidade no Paysandu. O roupeiro esta no clube há 35 anos, viveu muitos momentos marcantes na carreira com o clube bicolor e não esquece dos ensinamentos do irmão, seu espelho e amigo. “Eu tenho muito orgulho da minha profissão. O futebol é maravilhoso por isso, juntou nossa família, sustentamos nossas casas dignamente e devo tudo ao meu irmão. Ele é foi o meu mentor, meu professor, amigo, companheiro de profissão. O Alcino é mais que um irmão, não me vejo fazendo outra coisa nesta vida”, disse, Cristóvão, bastante emocionado. A HORA DA VERDADE É a primeira vez em que os dois se enfrentam dessa forma, valendo título, com tudo que é direito, colo colocar o nome na história do clube vencedor. Cristóvão garante que a família está dividida, mas torce para que seja decidida no tempo normal. “É um jogo especial, a alegria de um representa a tristeza de outro, mas isso será momentâneo. Estarei na torcida pelo Paysandu, ele torcendo pela Tuna, a família torcendo por nós. Só espero que termine no tempo normal, nos pênaltis é crueldade demais”, brincou. A RETOMADA Alcino saiu do Paysandu em 2009, quando se aposentou. Logo em seguida foi chamado para trabalhar na Tuna e resolveu aceitar o convite e hoje carrega a cruz de malta no peito há maus de uma década. “Eu estava cansado, mas futebol é uma coisa inexplicável. Você sente falta, está acostumado com aquele ambiente, recebi um convite e aceitei. Hoje estou do lado da Tuna, clube que amo, que me acolheu, fazendo o que mais gosto. Espero que o título venha para o Souza, seria uma coração do trabalho, penso no meu irmão, mas o futebol é assim mesmo. Que vença o melhor, depois marcamos um almoço em família e estará tudo resolvido”, falou, Alcino. CARGO DE CONFIANÇA O roupeiro da Tuna afirma que o irmão aprendeu a conviver com uma responsabilidade tamanha que é gerenciar um vestiário de clube. “Muitos não ligam, nem sabem na verdade a responsabilidade que um roupeiro possui em um clube de futebol. É um cargo de confiança extrema, hoje os jogadores recebem dinheiro na sua conta, antigamente recebiam dinheiro grande, iam treinar, jogar e tudo ficava sob a nossa responsabilidade. Nunca touei em nada, Cristóvão também não. Hoje é celulares, relógios, joias, tudo isso é gerenciado pelo roupeiro também. Só tenho a agradecer pela oportunidade de exercer e mostrar minha profissão”, disse, Alcino. 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