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Diretor da FPF afirma que Parazão 2019 é um dos mais "confusos" da história

Diretor de competições, FPF criticou prioridade dos clubes por parte financeira em detrimento da técnica na reta final do Estadual

Nilson Cortinhas
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O Campeonato Paraense 2019 entrará para a história. No entanto, até o momento, de forma negativa. À despeito do nível técnico, que também é sofrível, a organização da competição e posicionamentos dos clubes estão postos em xeque. A própria Federação Paraense de Futebol (FPF) admite a insatisfação. 

O diretor técnico da competição, Paulo Romano, por exemplo, estava visivelmente contrariado ao recepcionar o pedido do Independente, em consonância com o Remo, para transferir o primeiro jogo da final para Belém. Foi, talvez, o último episódio controverso.

O primeiro envolveu as condições estruturais do estádio Mangueirão, vetado e depois liberado pelos órgãos de segurança. No meio do campeonato, ficou evidente a falta de qualidade de gramados dos estádios paraenses - Diogão, em Bragança, Navegantão, em Tucuruí, Arena Verde, em Paragominas, Modelão, em Castanhal. 

Num bate papo sincero, Romano garantiu que fará um relatório pontuando todos os imprevistos e problemas da competição numa tentativa de planejar e eliminar os problemas na temporada 2020.  "Podemos botar esse campeonato como um dos mais confusos que nós tivemos", admitiu Paulo Romano. 

"No início da competição, teve a questão do Mangueirão. Tivemos que fazer vários ajustes na tabela da competição e agora estamos terminando também com essa questão tanto na disputa do título como também na disputa do terceiro e quarto colocado", afirmou o dirigente, contrariado. O Paysandu também alegou impossibilidade de jogar no Diogão, em Bragança, na disputa do terceiro lugar. Alegou que o granado não era profissional.  

Outra questão marcante englobou a final do campeonato, que será realizada hoje. O fato do Independente ter abdicado de atuar em Tucuruí, alegando aspectos de logístico e também financeiro, deixou a Federação Paraense de Futebol em uma situação polêmica. A tabela apontava jogos no interior. Com a mudança, Paulo Romano admitiu que, no momento, o propalado processo de interiorização do futebol paraense está em dificuldades. "É claro que a competição fica prejudicada. O Mangueirão não é campo neutro. Ele está sendo o local de jogos do Clube do Remo, então perdeu aquela condição. É a casa do Remo desde 2014.  

"Essa interiorização do futebol paraense é de 1998, com a vinda do Coronel Nunes para Federação Paraense de Futebol e o anseio dele de fazer com que o futebol se fosse jogado em todos os cantos do estado. Conseguimos. Tanto é que nós temos dois times da capital e oito times do interior disputando a competição. Mas, quando você chega no final da competição os times pensam única exclusivamente aqui na parte financeira esquecendo até da parte técnica e da parte da essência da competição", criticou Romano. 

A última foi sobre a disputa do terceiro lugar. Após um acordo entre Paysandu e Bragantino, o duelo, que seria realizado em partidas de "ida e volta", passou a ser em jogo único. A decisão foi justificada pela maratona de jogos dos dois clubes, no entanto fere ao Regulamento da competição e até mesmo ao Estatuto do Torcedor. A celeuma acarretou, até mesmo, uma insatisfação do patrocinador máster do campeonato paraense. Consequências administrativas podem vir a ocorrer para o certame no ano que vem.

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