Copa Verde? Ações de sustentabilidade perdem espaço e torneio pode passar por mudanças Competição começou com uma proposta de engajar nas causas ambientais, mas tema tem se distanciado do torneio Aila Beatriz Inete 23.03.25 7h00 Competição iniciou com proposta de ser sustentável (Fernando Torres/CBF) A Copa Verde começou em 2014 com a proposta de engajar clubes e torcedores em causas ambientais. Embora tenha iniciado com ações significativas sobre sustentabilidade, nos últimos anos, o tema perdeu espaço na competição. Em 2025, ano da COP em Belém, o torneio não divulgou nenhuma ação voltada para o assunto, o que evidencia o distanciamento da disputa das questões ambientais. A competição reúne clubes do norte e centro-oeste brasileiros. A maioria dos times que participa é da Amazônia. Remo, Paysandu, São Raimundo-RR, Manaus-AM e Amazonas-AM são algumas das equipes que integram a região amazônica e disputam a competição. Por conta disso, o tema do meio ambiente se tornou uma proposta interessante. Início promissor Nas primeiras edições, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), responsável pela disputa, promoveu várias ações relacionadas às questões ambientais. Em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, por exemplo, a CBF organizou iniciativas focadas no gerenciamento completo dos resíduos sólidos dos jogos, campanhas de conscientização, de carbono zero, ou seja, que compensam as emissões de carbono, entre outros. Em 2017, o torneio divulgou que compensou 265 toneladas de CO₂ por meio do plantio de 1.450 mudas de árvores em Anapu, interior do Pará, e com a reciclagem de 2,57 toneladas de garrafas pet. Além disso, o vencedor de cada edição ganha um Troféu Vivo, que vem com uma muda de árvore para ser plantada nas dependências do clube. Como campeões, Remo e Paysandu, maior vencedor do torneio, já participaram da ação. Outro destaque são os troféus de madeira, que tinham como objetivo potencializar o trabalho dos artesãos e chamar a atenção para o tema. Ainda por meio da Copa Verde, as equipes foram estimuladas a promover a troca de garrafas PET por ingressos, mas isso não ocorreu neste ano. Troféu vivo plantado pelo Remo (Ascom/Remo) Perda de espaço Apesar de a proposta inicial da competição ser interessante, conforme as edições passaram, o tema foi perdendo espaço. Em ano de COP no Brasil, especificamente em Belém, na Amazônia, a Copa Verde não ter tido divulgação de ações significativas voltadas para as questões ambientais chamou a atenção. Em contato com o Núcleo de Esportes de O Liberal, o Diretor de Sustentabilidade do Paysandu, Luis Oliveira Jr., citou que o assunto não é debatido entre a organização do torneio e as equipes antes do início da competição. O dirigente apontou que o Bicola possui um trabalho interno voltado para a questão e disse esperar que, nas próximas edições, o tema volte a ser destaque no torneio. "A gente enxerga que tem muito espaço para falar e avançar em ações ambientais dentro dessa competição. Como diretor de sustentabilidade, espero que esse tema ganhe mais força, especialmente neste ano de COP, só que a gente já está na final da competição. Então, a gente precisa melhorar como um todo, CBF, Federação, precisamos debater mais esse assunto e trazer para o ambiente do futebol", destacou. Mudanças O presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF), Ricardo Gluck Paul, também falou sobre o assunto. O torneio passa por uma reformulação no regulamento. O dirigente da FPF faz parte de um time que está trabalhando nas mudanças da Copa Verde. Interessado pelas questões ambientais, Ricardo afirmou que o assunto deve retornar com mais força nos próximos anos. "Este ano, a Copa Verde que a gente imagina não pode sair do papel em 2025, em razão das regras que foram criadas em 2024. Então, a CBF e um grupo do qual eu participo estão projetando uma melhor competição. E esse tema faz parte das discussões, até porque esse é o tema que eu mais gosto de trabalhar, é essa conexão da sustentabilidade com o futebol", revelou o presidente, que disse estar empolgado para o trabalho que será desenvolvido. "Eu particularmente estou muito motivado e feliz por estar com essa responsabilidade de rever essa competição junto com outras pessoas com a mesma crença na CBF", completou. A reportagem tentou contato com a assessoria de comunicação da CBF para saber sobre as possíveis mudanças, mas não obteve retorno até o fechamento do texto. Vale destacar que a competição, como um todo, passa por um período de pouco prestígio. Este ano, por exemplo, Atlético-GO e Cuiabá–MT desistiram da disputa após o regulamento não garantir a vaga na terceira fase da Copa do Brasil — que foi revisto depois. Atualmente, nem mesmo a transmissão oficial da Copa Verde existe. Com a expectativa de mudanças no torneio para 2026, espera-se que a competição se torne mais atrativa para os clubes e o público e retome as pautas voltadas para o meio ambiente. A decisão deste ano será entre o Paysandu, maior campeão, e o Goiás. Os jogos ocorrerão nos dias 9 e 23 de abril, em Belém e em Goiânia, respectivamente. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave esportes futebol copa verde COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Esportes . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. 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