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Viagens de avião crescem 36,2% no Pará em 2021, com mais de 3,5 milhões de passageiros

Apesar de São Paulo ser o principal escolha dos voos que partem do Pará, Fortaleza foi o destino que mais cresceu no ano passado

Eduardo Laviano
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Um dos setores mais afetados pela pandemia de covid-19, a aviação executiva tem demonstrado cada vez mais fôlego na retomada econômica ao redor do mundo e a realidade não é diferente no Pará.

3.561.678 passageiros pagantes passaram pelo território paraense em voos comerciais no ano de 2021, um aumento de 36,2% em relação ao ano de 2020.

O número de embarques e desembarques no Estado, porém, ainda ainda está 21,7% abaixo do registrado em 2019, antes da crise sanitária que restringiu viagens e voos comerciais. 

Belém lidera

Belém foi a cidade com maior movimentação aeroportuária no Pará no ano passado, sendo responsável por 2.681.690 do total de passageiros que passaram pelo Estado, o que equivale a 75,29% de quem voou em 2021. A capital paraense registrou, portanto, um aumento de 33,4% no volume de embarques e desembarques em relação ao ano de 2020. Os dados são da Agência Nacional de Aviação Civil.

Santarém, no oeste paraense, é a segunda cidade mais movimentada da lista, com 418.363 passageiros pagantes em 2021, 36,1% a mais que no ano anterior. A cidade é responsável por 11,75% das movimentações aeroportuárias do Pará.

Já o município de Marabá, no sudeste do Pará, aparece em terceiro na lista de maiores movimentação de voos, com um total de 248.956, um total 49,2% maior do que o registrado em 2020 e que corresponde por 6,99% dos voos no Pará.

Também no topo da lista estão as cidades de Parauapebas, que com mais de 105 mil passageiros em 2021 somou um crescimento de 74,6% em relação a 2020 e Altamira, com um crescimento de 42,9%.

O município de Itaituba aparece em sexto lugar. Por lá passaram 21,622 passageiros em 2021, um aumento de 138,7% em relação a 2020 - o maior registrado entre as cidades paraenses.

Pandemia efetou os preços das passagens aéreas?

A empresária Jaqueline Pires fez três viagens de avião em 2021 pela Gol Linhas Aéreas e conta que não teve problemas, sempre com voos pontuais e organizados. Ela, porém, observou que precisou pesquisar bastante para encontrar os preços mais baratos, já que notou um aumento considerável nos preços das passagens em relação ao período pré-pandemia.

"Foi o ano em que eu senti mais necessário isso de pesquisar bastante. Ultimamente estou comprando minhas passagem pelo serviço Passagens Imperdíveis e estou conseguindo comprar com um ótimo preço. Recentemente viajei de ônibus, já viajei algumas vezes assim, mas não recomendo. Na minha viagem de fim de ano chegamos com horas de atraso e perdemos reserva da virada. Essa é a maior vantagem de viajar de avião: economizar tempo, que é uma coisa que não podemos perder na hora de viajar. Desvantagem só a falta de organização em alguns aeroportos mesmo", afirma. 

Jaqueline tem um destino favorito: Fortaleza. E ela não é a única paraense a pensar assim. A capital cearense foi o destino preferido de 324.459 passageiros que saíram de Belém em 2021, um aumento de 63% em relação a 2020.

Ela ficou em segundo lugar na lista de principais destinos dos paraenses, que foi liderada por São Paulo, com 373.821 pessoas que fizeram o trecho Belém-Guarulhos em 2021.

Completam a lista a capital federal Brasília (com um aumento de 19% em relação a 2020), Macapá, no Amapá (18,8%) e a cidade de Santarém, quinto principal destino de quem sai de Belém, com 234.745 passageiros, 31,2% a mais do que em 2020. 

Qual destino é o predileto dos paraenses?

Mariana Passos é dona de uma agência de turismo em Belém e conta que a pandemia privilegiou os destinos nacionais, já que as restrições para viagens internacionais eram mais severas, diversas e enfrentavam constantes mudanças de acordo com o status da pandemia. Ela conta que Fortaleza é um destino que nunca sai de moda.

"É como se os paraenses tivessem uma relação muito íntima com o Ceará. O volume de viagens e vendas de pacotes é muito grande, com gente que se programa com antecedência. Tenho cliente que vai duas, três vezes ao ano. E recentemente a gente tem tido um crescimento da infraestrutura e do desejo de ir até Jericoacara, Canoa Quebrada. 2020 foi difícil mas em 2021 foi como se tudo já tivesse voltado ao normal, especialmente em julho. É um destino que a gente consegue negociar preços justos com os parceiros justamente pela alta demanda", avalia ela. 

Apesar das férias de julho serem sempre uma boa pedida, especialmente para quem tem filhos, em todo o Pará o mês com mais passageiros viajando foi abril, com 158.673 viajantes.

Já o mês mais forte do setor foi dezembro, com 438.830 pessoas embarcando e desembarcando. O ano de 2021, quando a segunda onda da pandemia de covid-19 ganhou força em todo o Brasil, apresentou um primeiro trimestre de desempenho negativo, 26,6% abaixo do primeiro trimestre de 2020, quando o vírus ainda não era uma preocupação concreta de muitos turistas.

Números de 2019 ainda são meta

A economista Izabel Ferreira lembra que a aviação executiva vem recuperando força no Brasil, ainda que os resultados de 2021 ainda não se comparem com os números de 2019.

Ferreira observa que as três principais companhias aéreas que operam no país, Gol, Latam e Azul, têm apresentados lucros contínuos nos relatórios trimestrais enviados ao mercado financeiro.

"Você tem um movimento de passagens internacionais mais baratas mas um dólar e um euro muito caro, que fortalecem o turismo nacional. Então a demanda aumenta e os preços, por consequência, aumentam junto. Outra variante é o dólar, que em 2021 sofreu uma disparada e isso impacta no preços dos combustíveis de avião. Mas o setor vem se reequilibrando e os consumidores estão respondendo a altura. Creio que em 2022 esse movimento deve seguir numa crescente", diz.

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