Veja as ações que podem ser mais vantajosas para fazer uma carteira
Brasileiros que buscam investimentos mais arrojados têm cada vez mais migrado investimentos para a Bolsa
O número de pessoas físicas operando na B3, a Bolsa do Brasil, vem crescendo exponencialmente nos últimos tempos, com um aumento de 40% no número de CPFs cadastrados entre julho de 2021 e junho deste ano – uma alta de 3,15 milhões para 4,40 milhões de pessoas. Em meio a essa evolução, o Norte se destaca como a região do país que vem tendo o maior crescimento relativo na quantidade de investidores: de 2018 a 2022, o salto foi de 1.103%, segundo os dados mais recentes da B3.
A entrada de novos investidores na Bolsa, em busca de diversificação do mercado, deve ser feita de modo responsável e com um aprendizado prévio necessário, na avaliação do diretor de Relacionamento e Pessoas Físicas da B3, Felipe Paiva.
“Nos últimos anos, vimos um grande número de brasileiros começar a pensar no planejamento financeiro e realizar seus primeiros passos no mundo dos investimentos”, disse Paiva. Segundo ele, a região Norte tem se destacado com o crescimento nos últimos quatro anos. “O principal é buscar informação de qualidade e investir em educação financeira. A B3 tem o site Bora Investir e o Hub de Educação, que ajudam nessa jornada de aprendizado. Outra regra de ouro para qualquer investidor é diversificar a carteira. Quanto mais ativos a pessoa tem, mais ela protege o patrimônio, independentemente do valor investido.”
Para contribuir nessa construção de conhecimento, O Liberal publica, a partir de hoje, um ranking mensal de carteiras de ações recomendadas publicamente pelas principais corretoras do país. O levantamento é elaborado pela fintech Grana Capital, empresa que desenvolveu o primeiro aplicativo do Brasil a automatizar a gestão do Imposto de Renda para investidores da Bolsa.
Carteiras recomendadas
O CEO da Grana Capital, André Kelmanson, explica a importância de um ranking mensal de carteiras recomendadas por corretoras para o aprendizado do mercado e dos investidores:
“Temos o compromisso de ajudar as pessoas a atingir seus objetivos através do mercado financeiro. Existe uma variedade cada vez maior de ativos nos quais as pessoas podem investir e inúmeras recomendações de investimentos no mercado. Há investidores, especialmente iniciantes, que podem segui-las como um guia. O que buscamos fazer é dar visibilidade ao resultado dessas recomendações. Assim, investidores têm a dimensão dos erros e acertos, e as corretoras buscam acertar cada vez mais, além de comemorarem quando lideram o ranking.”
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Com conexão direta com o sistema da B3, o app Grana registra cada movimentação feita pelo investidor, ainda que este tenha conta em múltiplas corretoras. Os números mais recentes da B3 indicam que é o caso de muitos investidores, visto que o número de contas de pessoas físicas está em 5,18 milhões, diante dos atuais 4,40 milhões de CPFs.
O Grana calcula o IR e a rentabilidade de ações, BDRs, ETFs, FIIs, opções e mercado futuro, sem que o cliente precise inserir manualmente qualquer dado ou nota de corretagem.
Ranking mensal de carteiras recomendadas
A partir deste mês, o Grupo Liberal publica o Ranking de Ações Recomendadas divulgado pela Grana Capital, o qual registra a variação do desempenho das sugestões feitas pelos analistas das maiores corretoras do país. O material dá aos investidores um instrumento para acompanhar os resultados das indicações.
Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, explica a influência que as carteiras recomendadas têm no mercado.
“Elas costumam ajudar bastante quem está começando, porque tiram alguns problemas das finanças comportamentais”, diz. Gustavo afirma que, muitas vezes, quando se começa a investir, a pessoa usa um sentimento pessoal para escolher as ações da sua carteira, pegando ações de companhias que conhece. “Escolhem por opiniões e experiências próprias. Os analistas escolhem com base no valuation, em momentos oportunos, olhando a economia de cima para baixo, vendo quais setores vão ter um desempenho interessante, verificando o balanço da companhia. Pelas carteiras recomendadas, dá para ter uma opinião não enviesada e pegar recomendação de alguém que está vivendo isso todos os dias”, observa.
O ranking referente a outubro inclui as carteiras publicamente recomendadas de nove grandes corretoras de varejo do país em número de transações de pessoas físicas, de acordo com informações do Tesouro Nacional e da B3. São elas: Banco do Brasil, Itaú, Santander, ModalMais, BTG Pactual, XP Investimentos, NuInvest, Inter e Ágora.
Em outubro, todas tiveram desempenho positivo e apenas duas ficaram abaixo do Ibovespa, que fechou o mês em 5,45%. A lista foi liderada pela carteira Itaú Top5, com 17,50%, seguida pelo BTG Pactual, com 12,07%, e pela XP Investimentos, com 10,43%.
“Outubro foi um mês bastante positivo para o mercado de capitais. A performance do Ibovespa foi a segunda maior do semestre. Entre os ativos sugeridos, o que mais subiu foi o da Petrorio (PRIO3), com variação positiva de 28,55%, enquanto o que mais caiu foi o da MRV Engenharia (MRVE3), com queda de 18,04%”, comenta Kelmanson.
A ação que mais se repetiu nas carteiras recomendadas foi a da Vale (VALE3), que apareceu em sete carteiras e teve queda de 6,8%. Já a do Itaú (ITUB4), com valorização de 8,34%, se repetiu cinco vezes, e a das Lojas Renner (LREN3), com variação positiva de 10,95%, apareceu em quatro carteiras.
A tabela mostra o desempenho das carteiras recomendadas de outubro, em termos percentuais, e simulando um investimento inicial de R$ 100 mil.
Ressalvas importantes
Isto não é uma indicação de investimento. A Grana Capital levantou e compilou dados públicos do mercado. Cada investidor é responsável por suas decisões dentro de seus perfis de risco.
Consideramos que os dados do levantamento não permitem concluir (e nem é esse o intuito) quais são as melhores equipes de análise ou carteiras recomendadas. Esse tipo de avaliação exigiria um acompanhamento de longo prazo e envolveria diversos fatores qualitativos não contemplados.
O objetivo do levantamento é oferecer mais um instrumento para ajudar investidores a tomarem suas próprias decisões.
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