Varejistas de Belém vivem expectativa da Black Friday 2021

Preparação da campanha de descontou já começou um mês antes em algumas lojas da capital

Eduardo Laviano
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A campanha de promoções Black Friday, que neste ano ocorre no dia 26 de novembro, está chegando e traz com ela as expectativas de uma maré boa para os varejistas de todos os setores que ainda sofrem com os impactos da pandemia de covid-19.

Diversas lojas contatadas pela reportagem afirmaram que não irão participar da campanha este ano, pois ainda estão se recuperando e sentindo o momento do mercado. Não é o caso da loja de eletrônicos gerenciada por Roberta Ramos, que faz parte de uma rede que atua nos shoppings centers da capital paraense. Ela está animada com a data e cheia de perspectivas positivas. 

"A empresa já montou uma estratégia bem definida com ofertas esmagadoras e especiais. Tem um mar de clientes aguardando para comprar TV e notebook na Black Friday desde o meio do ano. É uma data aguardada. Teremos três dias de ofertas e nosso estoque está abarrotado. Houve todo um grande planejamento do pessoal de vendas e marketing. 2020 tivemos um resultado bacana, mas não superou as expectativas. Para 2021, nossa expectativa é de crescimento de 25% em relação às vendas do ano passado", afirma ela, ao lembra que o ramo pouco foi impactado pela pandemia devido a grande busca por celulares e computadores para suprir necessidades de trabalho remoto e aulas on-line. 

Segundo levantamento da consultoria Conversion, o hábito de comprar na internet, que foi fortalecido pelo isolamento social em 2020, segue em alta para a Black Friday 2021: 62,63% dos consumidores pretende realizar compras on-line, enquanto no ano passado o número foi de 75,3%.

A intenção de compra subiu de 76,5% em 2020 para 87,75% em 2021. O receio de fraudes e golpes segue grande entre os brasileiros, com 80,63% dos respondentes da pesquisa afirmando ter algum tipo de medo em relação às compras on-line na Black Friday. 

A pandemia ainda guia algumas decisões dos consumidores, com 55,56% dos entrevistados em busca de produtos para prevenir o coronavírus. 52% disseram que a busca no Google é importante na decisão de compra.

72,65% dos entrevistados afirmam que já querem comprar produtos assim que os descontos começarem a surgir, nas pré-promoções da Black Friday que já iniciam na primeira semana de novembro, enquanto apenas 27% comprarão, de fato, apenas em 26 de novembro.

Entre as gigantes da internet que dominam as vendas durante a promoção, o trio de preferidas dos consumidores em 2021 é composto pela Americanas (17,67%), Magazine Luiza (14,9%) e Amazon (11,98%). Completam o ranking o Mercado Livre e as Casas Bahia.

Como a data é quase colada no Natal, 86,04% dos consumidores querem aproveitar a Black Friday para comprar os presentes dos familiares e amigos. Entre as categorias que lideram a intenção de compra, os celulares e eletrônicos aparecem em primeiro lugar (66,67%), seguidos pelos eletrônicos e eletrodomésticos (60,68%), moda & acessórios (47,58%), calçados (40,46%), casa & móveis (25,93%) e cosméticos (23,36%).

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém, Joy Colares, a data tem se fortalecido e as expectativas são altas para que os números estejam mais próximos do que eram em 2019, antes da pandemia, do que foram em 2020. 

"Cada data promocional de venda que se sucede fica cada vez mais importante. A Black Friday tem se tornado uma data muito central para o varejo porque ao longo dos anos os empresários vem aprendendo a lidar melhor com o propósito desse dia, se planejando com mais antecedência e realmente oferecendo descontos aos clientes, também com a finalidade de renovar os estoques a tempo do período natalino", avalia ele. 

Colares lembra, porém, que a data gira muito em torno de eletrônicos e que o fato deles serem quase todos importados podem gerar preços mais altos, especialmente por conta das taxas de juros que aumentaram em relação aos anos anteriores e também a alta do dólar.

"Esses fatores comprometem muito na hora de ofertar preços para os clientes, infelizmente. O varejo ainda está se recuperando", diz. 

Marcelo Reis é especialista em gestão comercial e alerta: “o consumidor quer ir às compras, já pudemos sentir isso nas últimas datas importantes como Dia das Mães e Dia das Crianças, por exemplo. Por isso, é importante que os empreendedores sigam um planejamento e saibam o momento de iniciar as campanhas de divulgação e vendas”, afirma o fundador da MR16 Consultoria.

Ele enumera cinco passos fundamentais para iniciar o planejamento faltando pouco mais de um mês para a data, especialmente para os microempresários: "entender o que vai vender na Black Friday, quais descontos aplicarão, qual a verba será separada para a divulgação no ambiente digital, quando iniciará a sua campanha e se, de fato, há em estoque os produtos que serão ofertados"

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