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Urina preta: colônia de pescadores de Santarém diz que caso suspeito afetou procura por pescado

A morte de um homem de 55 anos por suspeita da doença continua sendo investigada

Andria Almeida
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Continua sob investigação o caso de Genivaldo Cardoso de Azevedo, de 55 anos, que faleceu em Santarém na manhã de terça-feira (7) no Hospital Municipal de Santarém (HMS), oeste do Pará. Apesar da causa da morte ainda não ser confirmada para a síndrome de Haff, popularmente conhecida como doença da “urina preta”, a população já ligou o alerta quanto ao consumo das espécies de peixe como a o pirapitinga, pacu e tambaqui e alguns crustáceos que podem carregar a toxina causadora da doença responsável por afetar principalmente os músculos e rins. 

A Z20 Colônia de Pescadores de Santarém, ainda não adotou nenhuma medida preventiva com relação a venda das espécies, o motivo é a não confirmação do caso no município. O diretor do patrimônio e finanças da Colônia, João Mário, falou da baixa procura dos pescados.

“A gente já tem sentido o impacto nas vendas, muitas pessoas temendo comprar as espécies (possíveis causadoras da doença). Os próprios pescadores têm nos procurado com receio, mas ainda não adotamos nenhuma (medida) já que por enquanto trata-se de uma suspeita e não temos nada confirmado ainda”, ressaltou João. 

Ainda em entrevista para o Grupo Liberal, João afirmou que a colônia deve acatar qualquer recomendação do município caso seja emitida e pediu para que também haja um controle da importação das espécies investigadas.
“Uma vez que a gente sabe, que é confirmado esse problema lá no Amazonas, é momento para que os órgãos competentes possam proibir a entrada desse produto aqui no município”, sugeriu.

Na ocasião, ele aproveitou para tranquilizar a população com relação ao consumo. “Estamos acompanhando o desenrolar dos fatos e tranquilizando nossos pescadores e também nossos consumidores”, disse.

 Municípios em Alerta

O município de Juruti, também no oeste do estado, já tomou medidas para prevenir o surgimento de casos. Na manhã desta quarta-feira (8), a Colônia de Pescadores Z-42 acatou a proibição do comércio de peixes vindos do estado do Amazonas que já confirmou mais de 50 casos da síndrome.

O município de Óbidos, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e Departamento Vigilância em Saúde (Divisa), emitiu na quarta-feira (8), um alerta epidemiológico para três espécies de pescado, em razão da suspeita da infecção por doença de Haff no município de Santarém. 

De acordo com o alerta, população e profissionais da saúde devem ficar atentos aos sintomas de fraqueza, dor muscular, dor de cabeça, dormência e urina escura, que sejam apresentados após o consumo dos peixes pirapitinga, tambaqui e pacu.

Síndrome de Haff

Popularmente conhecida como doença da “urina preta” é causada por uma toxina que pode ser encontrada em determinadas espécies de peixe. Os músculos e rins são as áreas mais afetadas.

A forma de contaminação do peixe ainda não é conhecida de fato, mas alguns especialistas afirmam que o mau condicionamento esteja ligado diretamente.

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