Trabalhadores com o ensino médio completo lideram as contratações deste ano no Pará, aponta Caged 

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, apurados entre janeiro e agosto de 2023, apontam que o Pará registrou saldo positivo de 42.353 mil contratações neste ano. A maioria dos postos de trabalho foram preenchidos por profissionais com o ensino médio completo, com idades entre 18 e 24 anos.

Durante o período, foram 306.434 admissões contra 264.081 desligamentos efetuados no Estado. Segundo o levantamento, o destaque é para as contratações de pessoas com o ensino médio completo, com saldo de 27.765, o que representa 65,5% dos total de vagas. Na sequência, estão as oportunidades para o ensino fundamental completo, com 4.161 admissões (9,8%); seguido do ensino fundamental incompleto, com 3.971 (9,3%). Trabalhadores com o ensino superior completo preencheram apenas 7,2% do total, com 3.057 postos abertos.

A faixa etária que liderou as contratações foi de jovens entre 18 e 24 anos, com 22.979 admissões, o que corresponde a 54,2% das vagas; seguida de adultos entre 30 a 39 anos, com 6.407 oportunidades (15,1%). Profissionais de 25 a 29 anos registraram saldo de 5.484 (12,9%) contratações, enquanto que na faixa etária de 40 a 49 anos foram 4.756 (11,2%). Já trabalhadores com idades entre 50 e 64 anos registraram 681 contratações (1,6%).

Setores

Em análise ao perfil dos trabalhadores, Everson Costa, supervisor técnico do Departamento Intersindical de Pesquisa e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA), explica que as diferenças de gêneros ainda são muito expressivas. No saldo de contratações, foram 30.576 trabalhadores do sexo masculino admitidos contra 11.777 mulheres. Costa também pontua a concentração de empregos entre as faixas etárias de 18 a 40 anos.

“Se a gente for olhar na questão de gênero, apenas 30% dos empregos gerados no Estado foram ocupados por mulheres. Já a faixa etária do mercado de trabalho paraense é composta por pessoas que vão de 18 a 40 anos. Percebemos um ligeiro crescimento para quem tem formação de nível superior, então o fator conhecimento, ligado à educação, ainda pesa bastante, mesmo não sendo determinante. Mas quando se fala de qualificação, o ensino técnico e capacidade de estar antenado com o mercado de trabalho ainda é o grande diferencial”, avalia o supervisor.

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As atividades econômicas que mais registraram crescimento foram os setores de serviços, comércio e industriais, com ênfase nos trabalhadores da produção de bens e serviços industriais, que tiveram um saldo de 16.044 admissões; seguido de trabalhadores do serviço, vendedores do comércio em lojas e mercados, com saldo de 9.721 novos postos.

“Quando se olha a movimentação no emprego formal, o setor de serviços é o maior empregador, estamos falando de uma economia que está buscando a sua retomada, então temos um destaque de bares, restaurantes e hotéis. Ainda há a previsão de mais empregos temporários neste fim de ano por conta da movimentação causada pela Black Friday, festas de natal e ano novo”, conclui Everson.