Com expectativa de crescer até 30%, setor varejista de Belém aquece para o Dia das Mães
Lojistas apostam em produtos afetivos e atendimento híbrido para impulsionar vendas, mesmo com crédito caro e cenário econômico instável

O Dia das Mães já movimenta o comércio de Belém. Em lojas da capital paraense, a expectativa de crescimento nas vendas chega a até 30% em relação ao mesmo período do ano passado. A data, considerada a segunda mais importante para o varejo brasileiro, deve gerar R$ 14,37 bilhões em todo o país, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Em Belém, segmentos como moda, perfumaria e acessórios estão em alta. Itens como roupas, bolsas, sapatos e cosméticos lideram a lista de presentes. Lojistas também apostam em estratégias digitais e campanhas emocionais para atrair clientes.
Estoques reforçados e coleções especiais
Em um shopping da capital, a gerente Aline Farias conta que o planejamento começou com seis meses de antecedência. A loja preparou uma curadoria com peças pensadas especialmente para a data.
“Estamos com uma coleção linda. O destaque atemporal é a linha animal print e a coleção oliva”, diz Aline.
Mesmo com obras na entrada do shopping, ela avalia que o fluxo de clientes tem sido positivo. A expectativa da equipe é que 70% das vendas sejam presenciais e 30% via delivery.
Clima positivo também no centro comercial
No centro da cidade, a gerente Luci Cardoso também está otimista.
“É um período que deixa a gente animada. Os clientes vêm buscar looks para almoço, vêm os esposos, os filhos... A loja já começa a respirar esse clima”, conta.
Segundo ela, os consumidores estão antecipando as compras. A estimativa é de crescimento de pelo menos 30% no faturamento da loja.
Delivery ganha força
Além do atendimento presencial, o delivery tem sido uma estratégia importante.
“Esperamos atingir 70% de fluxo dentro da loja, e os 30% restantes seriam de vendas externas, como entregas”, explica Aline.
Com a proximidade do feriado de 1º de maio, a expectativa é de aumento nas vendas a partir do dia 2.
Mais que mães: presentes para quem cuida
Tanto Aline quanto Luci afirmam que o perfil dos presenteados é amplo: vai além das mães biológicas.
“Não se presenteia só a mãe, mas também quem teve papel materno. Isso aumenta muito a demanda”, destaca Aline.
Com isso, as lojas buscam diversificar os produtos e criar ofertas que atendam a diferentes públicos.
Desafios no cenário nacional
Apesar do otimismo regional, o cenário nacional enfrenta obstáculos. A alta do custo do crédito pode afetar setores que dependem de parcelamento, como móveis e eletrodomésticos. A CNC projeta retração de até 6% nesses segmentos.
Por outro lado, setores de moda, calçados e acessórios devem liderar as vendas, com previsão de R$ 5,63 bilhões — crescimento de 6,2% em relação a 2024.
Em Belém, lojistas apostam no vínculo afetivo com as mães para impulsionar a economia.
“Os filhos querem agradar, não só com presente, mas com algo que represente carinho. Isso fortalece as vendas e o relacionamento com o cliente”, afirma Luci.
Expectativa é de bons resultados
Mesmo com dificuldades como obras e problemas na mobilidade urbana, os lojistas estão confiantes. A mistura entre vendas presenciais, atendimento por delivery e campanhas antecipadas tem se mostrado eficaz.
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