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Santarém: Escassez de pescado faz arraia entrar no cardápio da Quaresma

De acordo com os pescadores, a arraia tem sabor semelhante ao do Pirarucu e pode ser encontrada pelo valor de R$10 reais o quilo

Andria Almeida

Com a chegada da Quaresma, período em que os católicos se preparam para a Páscoa durante 40 dias, existe uma mudança de comportamento com relação ao consumo de proteínas. Tradicionalmente, essa instituição religiosa opta por não ingerir carne vermelha e essa troca movimenta o mercado de pescados. Em Santarém, no oeste do Pará, a quaresma coincidiu com o período do defeso de 11 espécies de peixes, diante da escassez, a alternativa foi adicionar uma espécie considerada mais exótica como opção de alimento, que é a arraia.

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De acordo com os pescadores, a arraia tem sabor semelhante ao do pirarucu, ela pode ser encontrada já filetada pelo valor de R$10 reais o quilo. Já o pirarucu que está no defeso, pode ser encontrado graças ao fornecimento de criadouros, mas o preço não tem agradado muito o consumidor, pois quando encontrado varia de R$ 20 até R$ 25 reais o quilo.

image A imagem mostra um pescador segurando parte de uma arraia (Andria Almeida/ O Liberal)

Daine Souza, conta que a arraia é uma opção viável e saborosa no cardápio. " Frita, salgada, desfiada, é uma delícia e bem mais barata que o pirarucu", contou. 

O pescador, Santos Mota, defende que a arraia é discriminada por quem não conhece. " É um peixe normal, igual pirarucu, só tirar filé dela, a cartilagem pode fazer frita. Só não gosta quem não conhece", disse. Ele completou dizendo que com a escassez do peixe, a arraia tem sido bastante procurada.

Já para a dona Lene Lima, o peixe já faz parte da dieta. Ela relata que por questão de saúde o pescado faz parte do cardápio diário. “Como peixe o ano todo. Hoje estou levando pirarucu e tambaqui', disse.

O pescador, Paulo Nervaldo, reclama que o lucro está bem reduzido. "Estou vendendo de R$ 20 reais o quilo do pirarucu, mas estou comprando de criadouro de R$ 17 reais para ganhar 3 reais no quilo, estou só trocando dinheiro", reclamou.

O vendedor de peixe, Paulo Gregório, diz que as pessoas têm reclamado da falta do produto. "Um pouco daqui, um pouco dali a gente vai vendendo. Tem gente que não gosta de peixe de viveiro. As pessoas têm reclamado da falta do peixe, mas graças a Deus o período do defeso já está quase terminando", comemorou.

Período do defeso

O período do defeso é o intervalo em que as atividades de caça, coleta e pescas esportivas e comerciais ficam proibidas ou controladas para que as espécies se reproduzam em volume satisfatório.

Em Santarém, alguns peixes vão poder voltar a ser capturados no dia 15 de março, outros somente em maio. A portaria do defeso iniciou no dia 15 de novembro, as espécies proibidas são Mapará, curimatã, Fura-calça, Aracu, jatuarana, Branquinha, Pirapitinga, Pirarucu, Acari, Pacu, Tambaqui.

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