Região Norte reduz número de empresas negativadas em outubro

É a primeira variação anual negativa desde o início da série histórica, em janeiro de 2011

Thiago Vilarins / Redação Integrada

A inadimplência das empresas nortistas voltou a recuar no último mês de outubro. Dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelam que o volume de empresas da região com o CNPJ inscrito nos cadastros de devedores regrediu 0,3% no mês passado na comparação com outubro de 2017. Trata-se da primeira variação anual negativa desde o início da série histórica, em janeiro de 2011. Em setembro, por exemplo, também na base anual de comparação, o crescimento de empresas que não pagaram suas contas fora de 1,83%. Já na checagem mensal, isto é, entre setembro e outubro de 2018, o indicador apresentou recuo de 1,9% - terceiro mês seguido de redução nesta análise.
 
Em todo o País, o número de empresas negativadas cresceu de forma elevada, registrando alta de 7,26% em outubro de 2018, ante o mesmo mês do ano passado. Foi a menor expansão desde fevereiro de 2018, quando o avanço havia sido de 6,8%. A alta foi puxada principalmente pela região Sudeste, com crescimento do número de empresas inadimplentes de 15,2% na comparação anual. Nas demais regiões também houve crescimento, mas em patamares menores: 2,5% no Sul; 1,8% no Centro-Oeste e 1,0% no Nordeste. A única região a apresentar queda foi o Norte.
 
Com relação ao número de pendências devidas pelas empresas, a região Norte apresentou, novamente, redução na comparação com o mesmo mês do ano anterior. A queda em outubro foi de 2,55%. Em relação a variação mensal, o recuo na região foi de 2,49%, o sexto recuo seguido. Em todo o País, houve crescimento na variação da quantidade de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas: 4,7% a mais em outubro frente a igual mês de 2017. Já na passagem de setembro de 2018 para outubro, houve uma queda de 1,80% no volume de dívidas.
 
Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, o abrandamento da inadimplência das empresas deve ser visto com ressalvas, uma vez que o crescimento dos atrasos ainda está em patamar elevado. "Mesmo com a desaceleração, o número de empresas negativadas hoje é maior do que há um ano. Esse quadro de dificuldades, observado entre empresas e consumidores só poderá ser revertido com um avanço no ritmo da atividade econômica que faça recuperar a renda do consumidor e o faturamento das empresas", avalia o presidente.
 
O número de empresas devedoras por ramo da economia mostra que setor de serviços teve a maior alta em outubro, de 11,1%. Em seguida, destaca-se o segmento de comércio (5,0%), seguido pela indústria (3,6%). Já a agricultura registrou queda de 1,5%. Em termos de participação, 46% do total de empresas devedoras atuam no comércio, enquanto 40% são do segmento de serviços e 9% figuram entre as indústrias. Já análise por setor credor – ou seja, para quem as empresas estão devendo – revela que o número de pendências devidas ao setor de serviços foi o que mais cresceu na comparação anual, com alta de 6,3%. Em seguida, destaca-se a alta das dívidas ligadas à indústria (3,8%) e ao comércio (1,3%). As dívidas com o setor de agricultura caíram -1,0% na variação anual. No total, 70% das pendências são devidas a empresas do setor de serviços e 17% a empresas do comércio.

 

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