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Redução no preço do gás no Pará chega no máximo a R$ 2,60

Sindicato aponta que expectativa de redução de até R$3,20, após anúncio da Petrobras, não foi integralmente aceita por distribuidoras

Eduardo Laviano

A redução no preço do gás de cozinha anunciada pela Petrobras na última semana ainda não está sendo integralmente praticada pelos distribuidores e revendedores do produto no Pará. Segundo levantamento feito pelo Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás Liquefeito de Petróleo do Estado do Pará (Sergap), o desconto que deveria girar em torno de R$ 3 e R$ 3,20 está chegando a no máximo R$ 2,60. 

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Na opinião de Francinaldo Oliveira, quem perde com a decisão é o consumidor. "A justificativa é que estão recompondo perdas anteriores. O consumidor vai continuar pagando um preço que poderia ser menor. A revenda também ficou com uma demanda reprimida, pois as pessoas passaram a usar o gás com mais economia. Isso é ruim, pois diminui o consumo. Todos estão perdendo, menos as distribuidoras, que estão colocando essa diferença no bolso", afirma Francinaldo Oliveira, presidente da entidade.

A Petrobras baixou o preço do botijão de 13 quilos de R$ 58,21 para R$ 54,94 no último dia 9 e afirmou que a queda acompanha os preços internacionais e a valorização do real frente ao dólar.

image Edijane lamenta o preço tão alta do gás e teme que brasileiros voltem a cozinha no forno a lenha (Thiago Gomes/O Liberal)

Mesmo que sejam centavos, qualquer desconto é visto com bons olhos por quem precisa de gás no dia a dia. A professora Bernadete Melo está desempregada e fica indignada só de ouvir falar no assunto. Ela conta que notou que, de fato, a redução no preço das refinarias não foi plenamente repassada para os clientes.

"Quando é para aumentar o valor, é passado imediatamente para o consumidor. É automático. Quando é para abaixar, leva um tempinho. R$ 3 faz a diferença", afirma ela, que recentemente optou por comprar refeições prontas na feira da Pedreira para poder almoçar. "Compensa mais. A gente que é brasileiro está sobrevivendo só porque somos guerreiros e teimosos", avalia ela, que se considera uma 'malabarista'.

Edijane Castro trabalha há mais de 30 anos vendendo refeições e conta que o preço do gás impacta cada vez mais o orçamento. "Só Jesus na nossa vida. A gente consome dois botijões no mês, cada um por R$ 120. Tem que vender bastante refeição para pagar o gás. Aqui a gente vende o prato a R$ 15", conta ela, que também não notou nenhuma diminuição no preço do produto. As dicas que ela dá é sempre tampar as panelas na hora de cozinhar, além de manter sempre o fogo baixo.

Arnaldo Cabral concorda. Para ele, que também é autônomo da feira da Pedreira, o gás virou um peso difícil de contornar, já que ele consome quatro botijões por semana. "Mas temos uma promoção para restaurante e está saindo por R$ 112 cada um. A gente segura os preços aqui no trabalho, mas a redução ainda não foi repassada", lamenta. 

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