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Rebanho de gado atinge recorde nacional com o Pará chegando a 24,7 milhões de cabeças

Pesquisa do IBGE atestou crescimento de 116,3 bilhões da pecuária brasileira, em 2022.

Enize Vidigal

O Pará está entre os estados da região Norte que tiveram o maior aumento de rebanho bovino ajudando o Brasil a atingir o recorde de número de cabeças de gado em 2022. O total de cabeças no país chegou a 234,4 milhões, um crescimento de 4,3% em relação ao ano anterior, segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) divulgada nesta quinta-feira, 21, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

O Pará chegou a 24,7 milhões de cabeças, ou seja, 10,57% do total nacional. São Félix do Xingu, no Sudeeste do estado, é o município líder nacional com rebanho de 2,5 milhões de animais, com o número de cabeças de gado superando a população humana em 38 vezes. O segundo município paraense com o maior rebanho é Altamira, no Sudoeste, com 1 milhão de cabeças.

O Mato Grosso é o maior estado produtor de gado, com 34,2 milhões de cabeças, o correspondente a 14,6% do total nacional. A região Centro-Oeste é a principal produtora de gado com 77,2 milhões de animais. Mas o maior crescimento do rebanho em 2022 foi registrado na região Norte com a participação dos estados do Pará, Rondônia, Tocantins e Acre.

Entre as regiões paraenses, o Sudeste lidera em número de gado com 16,2 milhões de cabeças, seguido do Sudoeste, com 4,9 milhões, e do Nordeste, com 1,6 milhão. 

Já a produção bubalina, concorrente direta da produção bovina no Pará, chegou a 644.672 de cabeças.

Nacional

A pesquisa atestou que os produtos de origem animal, como leite de vaca, ovos de galinha e mel de abelha, ajudaram a pecuária brasileira a atingir a produção total nacional de R$ 116,3 bilhões em 2022, um crescimento de 17,5% em comparação ao ano anterior. 

A produção de leite ficou em 34,6 bilhões de litros (-1,6%). O IBGE atestou que pequenos produtores reduziram a criação de vacas, mas, apesar disso, o valor total da produção foi de R$ 80 bilhões (+17,7%), porque o preço médio do leite ao produtor foi de R$ 2,31 (+19,7%) em um ano. As regiões Sul e Sudeste são as maiores produtoras, com um terço da produção brasileira. 

A produção de galináceos (galinhas e aves para corte, como frango) teve recorde e chegou a 1,6 bilhão de animais (+3,8%). O Pará atingiu 29.285.496 de cabeças no total, sendo 2.596.160 de galinhas. A Região Sudeste é líder nacional, com 91,2 milhões dos 259,5 milhões de todo o país. A produção de ovos de galinha também foi recorde em 2022, com 4,9 bilhões de dúzias (+1,3%). O preço do ovo subiu 17,6% elevando o valor total da produção brasileira para R$ 26,1 bilhões (+19,1%).

Outros rebanhos que cresceram foram os de caprinos e ovinos, que chegaram a 12,4 milhões (+3,9%) e 21,5 milhões (+4,7%), respectivamente. O Nordeste é a região que lidera o ranking nacional de criação desses animais (69,9% do total nacional). O Pará chegou a 66.191 caprinos e 262.486 ovinos.   

Outro recorde foi a quantidade de suínos, que atingiu 44,4 milhões de animais (+4,3%). De acordo com o IBGE, o consumo interno também cresceu (+7,8%), chegando a 18 quilos por pessoa no ano. A Região Sul concentrou 51,9% do total de animais, sendo Santa Catarina o estado líder, com 9,8 milhões de cabeças (22,1% do nacional). O Pará chegou ao total de 699.341 cabeças, sendo 130.503 matrizes de suínos. 

A produção de mel foi de 61 mil toneladas, outro recorde (+9,5%). Segundo o IBGE, esse crescimento está relacionado às condições climáticas favoráveis, que proporcionaram maior disponibilidade de recursos alimentares para as abelhas. E a procura por produtos naturais e saudáveis, nacional e internacionalmente, também impulsionou a produção apícola nacional. O Rio Grande do Sul e o Paraná são os maiores produtores, com 14,8% e 14,2% do total nacional.

A produção de peixes foi de 617,3 mil toneladas, com altas na atividade (+6%) e no valor da produção, que chegou a R$ 5,7 bilhões (+16,4%). A Região Sul concentrou 220,7 mil toneladas (35,8% do total nacional), com destaque ao Paraná (27,1% do total nacional). De cada 100 toneladas de peixes produzidas no Brasil, 66,1 são tilápias, à frente dos tambaquis (17,8). 

A produção de camarão criado em cativeiro foi de 113,3 mil toneladas (+5,9%), outro recorde. O Nordeste concentrou 99,6% do total nacional, com o Ceará sendo o responsável por metade desse resultado nacional (54,1%).

 

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